Os tenistas Novak Djokovic, o campeão em título, e Rafael Nadal, o grande favorito para lhe suceder, não desperdiçaram hoje energias, avançando para a segunda ronda de Roland Garros com triunfos em três ‘sets’.

Quase de forma cronometrada, o sérvio e o espanhol, os dois principais candidatos a erguer o troféu do segundo ‘Grand Slam’ do ano, avançaram para a segunda ronda, depois de se imporem, respetivamente, a Marcel Granollers (6-3, 6-4 e 6-2) e a Benoit Paire (6-1, 6-4 e 6-1).

Eram os encontros mais aguardados da jornada e Djokovic e Nadal não desapontaram. Primeiro, foi o número dois mundial, diante do olhar atento do seu novo mentor, o norte-americano Andre Agassi, a dar boas indicações frente a Granollers, 77.º jogador mundial, ‘despachando’ o espanhol em duas horas e 27 minutos.

"Tudo aquilo que ele [Agassi] me disse está a ser muito útil. Estou a tentar pôr certas coisas em prática, mas claro que ele não vai mudar o meu jogo”, defendeu o sérvio, que na segunda ronda vai defrontar o português João Sousa.

Pouco mais de 20 minutos depois do campeão em título, era o ‘rei’ de Roland Garros a avançar para a segunda ronda, com um triunfo por 6-1, 6-4 e 6-1 diante do francês Benoit Paire, 45.º jogador ATP, em uma hora e 52 minutos.

Quando soube quem iria encontrar na primeira ronda, Nadal assumiu que Paire não era o tipo de adversário que desejava enfrentar, mas hoje, exceção feita ao emotivo segundo ‘set’, o número quatro mundial dominou a seu bel-prazer para ficar um degrau mais perto do 10.º título na ‘catedral’ da terra batida.

“Estou contente, fiz um encontro completo, bom, ainda que haja sempre algo a melhorar. Mas estou muito satisfeito, por ser uma primeira ronda. Este torneio é importante, vou dar tudo por tudo, mas sem obsessão. A única obsessão que tenho é dar o meu máximo e fazer as coisas o melhor possível”, assumiu o recordista de triunfos no ‘Slam’ parisiense, que na próxima ronda vai defrontar o holandês Robin Haase (46.º).

Numa segunda jornada sem desfechos completamente inesperados, só o norte-americano Jack Sock, 14.º cabeça de série, destoou, ao perder com o checo Jiri Vesely, 57.º tenista mundial, por 7-5, 7-5 e 6-3.

Pelo contrário, o canadiano Milos Raonic, número seis ATP, e o croata Marin Cilic, número oito, derrotaram, respetivamente, o belga Steve Darcis (6-3, 6-4 e 6-2) e o letão Ernests Gulbis (6-3, 6-3 e 6-3).

Também o 10.º cabeça de série, o belga David Goffin, confirmou o seu favoritismo, num encontro com direito a despedida frente a Paul-Henri Mathieu. O francês ‘vingou-se’ da desfeita imposta pelos organizadores, que lhe negaram um ‘wild-card’, e avançou pelo ‘qualifying’, vencendo três encontros consecutivos, para dizer adeus ao ‘seu’ torneio no quadro principal.

Hoje, a resistência do 120.º jogador mundial, de 35 anos, terminou, com Mathieu a despedir-se de Roland Garros com uma derrota por triplo 6-2 frente a Goffin.

No lado feminino, ao contrário do que aconteceu no domingo, com a histórica (pelos piores motivos) derrota da número um mundial, a alemã Angelique Kerber, não houve surpresas, com a checa Karolina Pliskova, mais cotada tenista em prova, a bater a chinesa Saisai Zheng, por 7-5 e 6-2, e a detentora do título, a espanhola Garbiñe Muguruza, a vencer, no duelo entre antigas campeãs, a italiana Francesca Schiavone.

“Um encontro da primeira ronda entre duas ex-campeãs é extraordinário. A Francesca é uma lenda, fiquei feliz de poder jogar contra ela”, disse a quinta tenista mundial, referindo-se à campeã de 2010, que hoje foi afastada pelos parciais de 6-2 e 6-4.

Mais complicada foi a tarefa da dinamarquesa Caroline Wozniacki, com a 11.ª cabeça de série a precisar de três ‘sets’ (6-4, 3-6 e 6-2) para ganhar à australiana Jaimee Fourlis, 337.ª tenista mundial. Quem não conseguiu ‘sobreviver’ à primeira ronda foi a sérvia Jelena Jankovic, três vezes semifinalista em Roland Garros (2007, 2008 e 2010), que perdeu com a holandesa Richel Hogenkamp, por 6-2 e 7-5.