O tenista português João Sousa realçou hoje a tranquilidade que lhe permitiu somar a primeira vitória no quadro principal do Estoril Open e antecipou já um "encontro engraçado" frente ao compatriota Pedro Sousa na segunda ronda.
"Não é a primeira vez que defronto um português, não é uma experiência nova. O Pedro é um excelente jogador, um jogador que admiro muito. Conheço-o muito bem e ele conhece-me a mim. Vai ser um encontro engraçado, ambos vamos dar o nosso melhor e o melhor vai vencer", declarou o tenista de 29 anos em conferência de imprensa.
No horizonte do número um português está já uma inédita presença nos quartos de final do torneio, algo que João Sousa assumiu ser um objetivo antes da sua participação, mas relativizou o peso que esse cenário pode ter no jogo desta quarta-feira.
"O importante é desfrutar do momento, desta vitória e amanhã, depois de acordar, começo a pensar no encontro desse dia. Conheço o Pedro, mas obviamente fazemos um trabalho tático específico e tentamos depois colocar isso no campo", frisou, sem deixar de sublinhar que "tentar jogar a um bom nível é o objetivo primordial".
Na análise ao triunfo de hoje em dois ‘sets' (7-6 e 7-5) sobre o russo Daniil Medvedev, João Sousa, atual 68.º classificado da hierarquia mundial, vincou o facto de se sentir "tranquilo" para conseguir um desfecho diferente face aos anos anteriores e a confiança proporcionada pelos resultados positivos na presente temporada.
"Não é um alívio, mas é o ano em que estava melhor preparado. Além de vir a jogar bom ténis há uns meses, estava tranquilo. Sabia que ele era um jogador com um estilo peculiar, mas se estivesse bem tinha muitas chances de vencer e assim foi. Consegui estar muito focado a nível mental e tático e acabei a jogar a um bom nível. Estou muito contente com a vitória", referiu.
Convidado a descrever numa palavra o momento em que materializou o ‘match point' da partida no court central, João Sousa confessou que a jogada até lhe despertou dúvidas e acabou por agradecer o apoio dos milhares de pessoas que encheram o recinto.
"No ‘match point' a bola vinha baixa e não sabia se ia bater. Deu-me o ‘click' e acabei por não bater. O público fez efeito, eles ajudaram-me muitíssimo", sentenciou.
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