O japonês Kei Nishikori, um dos fenómenos do ténis mundial, é a figura do Estoril Open, que arranca na segunda-feira após um ano de ausência devido à covid-19, na que a organização apelida de “melhor edição de sempre”.
Premiado com o último ‘convite’ pela organização, o atual 39.º tenista da hierarquia mundial goza de uma popularidade única um pouco por todo o mundo, mas particularmente na Ásia, uma realidade assente nos vários recordes que detém, entre os quais o de primeiro japonês a integrar o ‘top 5’ mundial e primeiro tenista asiático a jogar uma final de singulares masculinos de um torneio do Grand Slam, por ocasião do Open dos Estados Unidos, em 2014.
Se a projeção internacional que Kei Nishikori pode dar ao torneio pesou na atribuição do último ‘wild card’, o lado emocional terá pesado na entrega do primeiro a João Sousa, o melhor tenista português de todos os tempos e o vencedor no Clube de Ténis do Estoril em 2018.
A atravessar uma fase menos boa da carreira, o vimaranense, que conquistou o coração dos portugueses com o emocionante triunfo naquela edição, vai procurar regressar às vitórias no circuito ATP no local onde foi mais feliz, tendo, no entanto, de enfrentar um quadro com opositores de renome, como o argentino Diego Schwartzman, o único ‘top 10’ mundial (é nono do ‘ranking’) presente, o francês Richard Gasquet, o primeiro campeão do Millenium Estoril Open, ou o croata Marin Cilic, precisamente o homem que bateu Nishikori na final do Open dos Estados Unidos.
Com várias desistências de última hora entre os nomes sonantes – o espanhol Pablo Carreño-Busta, campeão do torneio português em 2017 e 13.º jogador mundial, o francês Gael Monfils (15.º), ou o italiano Fabio Fognini (27.º) -, o Estoril Open conta agora o canadiano Denis Shapovalov para abrilhantar esta edição.
O 14.º jogador mundial foi uma ‘contratação’ de última hora, pois recebeu na sexta-feira o ‘wild card’ que estava destinado a Grigor Dimitrov, uma vez que o búlgaro ainda não está recuperado de uma infeção dentária.
Na expectativa de verem o contingente nacional aumentar via ‘qualifying’, no qual, entre hoje e domingo, Pedro Sousa, Frederico Silva e Nuno Borges vão lutar pelo acesso ao quadro principal, os telespetadores do único torneio português do circuito ATP poderão ainda desfrutar do ténis do chileno Cristian Garín (22.º), dos franceses Ugo Humbert (31.º), Jérémy Chardy (51.º) ou Gilles Simon (70.º), dos espanhóis Albert Ramos-Viñolas (46.º) e Fernando Verdasco (69.º), o sul-africano Kevin Anderson (107.º) ou o norte-americano Frances Tiafoe (65.º), finalista derrotado por João Sousa em 2018.
Aquela que a organização tem descrito como a melhor edição de sempre do torneio realizado na terra batida do Clube de Ténis do Estoril, este ano ‘despido’ de adereços, vai decorrer à porta fechada, sem a presença de público (uma realidade transversal ao desporto nacional), mas também de jornalistas, sendo a primeira competição internacional disputada em Portugal a vetar a presença dos meios de comunicação social.
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