Na semana em que regressa ao circuito ‘challenger’, português Gastão Elias garantiu à agência Lusa não estar preocupado com a ausência de resultados em torneios ATP, defendendo que está contente com o nível de ténis que tem praticado.
“Talvez em termos de resultados, [esta temporada] não esteja a ser a melhor. Em termos tenísticos, estou contente com o que tenho feito e com o que eu tenho vindo a melhorar”, começou por dizer o número dois nacional.
A sua primeira época a tempo inteiro no circuito ATP está longe de ser o que imaginava – nos oito torneios disputados, soma apenas duas vitórias, uma em Sydney, em meados de janeiro, e outra em São Paulo, no início de março -, mas Elias garante não estar apreensivo.
“Se calhar o facto de não estar a ganhar tantos jogos faça com que, em alguns momentos, duvide um pouco e pense duas vezes no que, normalmente, sai automático. Mas, sinceramente, não estou muito preocupado com isso, nem com o meu momento de forma”, afiançou.
O 97.º jogador mundial assumiu que o circuito ATP não é para brincadeiras.
“Nos ‘challengers’, se calhar, a jogar menos bem, consegues ganhar a maioria dos encontros, enquanto no circuito ATP podes fazer jogos extraordinários e perder todas as semanas. Foi isso que aconteceu”, justificou.
Com muitos pontos a defender no ‘ranking’ até à semana do Estoril Open, que vai decorrer entre 01 e 07 de maio, o jovem da Lourinhã decidiu regressar aos torneios do segundo escalão, iniciando o seu percurso hoje em Barletta, rumando depois para Francavilla, também em solo italiano.
Já com a entrada direta no quadro principal garantida, o primeiro ‘wild-card’ do terceiro Millenium Estoril Open confessou que quer sempre estar presente no único torneio português do circuito ATP.
“Pelo menos eu, tenho sempre esse objetivo posto na cabeça o ano inteiro. Quero sempre jogar bem em Portugal e aproveitar tudo de bom que Portugal e o torneio têm”, acrescentou, reconhecendo que, este ano, tem uma motivação extra para continuar em prova até aos quartos de final.
“[Dia 05 de maio] É quando chega a minha mais que tudo [a namorada Isabela Miró]. Se eu estivesse a competir, era engraçado. Ainda por cima, é um torneio a que ela só teve oportunidade de vir uma vez e adorou. E é Portugal, está toda a gente que eu gosto, a minha família, os meus amigos. É um torneio especial e gostaria que ela fizesse parte dessa minha semana especial no circuito”, sublinhou.
Depois de duas presenças nos quartos de final no extinto Portugal Open (2013 e 2014), Elias não esconde que é esse o seu objetivo para a próxima edição.
“Era este ano, no ano anterior e no ano antes desse. Depende de muita coisa. Neste nível, é difícil prever alguma coisa. Podes chegar lá e sair-te um cabeça de série à primeira e, por muito bem que jogues, as coisas tornam-se difíceis. Um bocadinho de sorte ajuda. Esperemos que seja uma combinação boa este ano”, disse.
O número dois nacional admitiu que o quadro do Estoril Open está forte, mas que acredita que tem hipótese contra qualquer uma das ‘estrelas’ que vão estar no Clube de Ténis do Estoril.
“Não tenho de jogar contra todos, eles eliminam-se uns aos outros”, brincou.
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