A vitória no ATP250 da Malásia não fez com que João Sousa levantasse os pés da terra. O tenista de Guimarães considera que ainda é cedo para se alcançar uma final de um Grand Slam, os torneios com maior pontuação no circuito mundial do ténis.
«Neste momento, é irrealista pensar nisso, talvez dentro de uns anos... Tenho vindo a melhorar, vamos ver como as coisas correm, não gosto de correr muito depressa, o importante é ir passo a passo. Tenho de trabalhar todos os dias e num futuro próximo, talvez. Os jogadores do top-20 têm um jogo superior ao meu e não me sinto capaz de fazer a final de um grande slam», disse, esta quinta-feira, João Sousa.
O tenista português falava antes de dar início a uma sessão de autógrafos para os seus fãs num centro comercial do Porto. Quanto aos objetivos de 2013, Sousa garantiu que foram cumpridos.
«O objetivo desta época era terminar dentro do top-100. Vencer o ATP da Malásia foi o momento mais alto da minha carreira, foi um feito inédito para Portugal e sinto-me muito feliz», referiu, acrescentando que tem outros sonhos.
«A nível pessoal é subir o mais possível no ranking, trabalho para isso e quero fazer história, mas também quero ajudar o ténis em Portugal, apostando nos talentos portugueses», disse.
Para 2014, João Sousa quer manter-se no grupo dos 50 melhores tenistas do mundo e defrontar uma lenda da modalidade.
«Quero manter-me no top 50, estou contente com o meu nível de jogo e gostaria de defrontar o Roger Federer, uma vez que ele está quase a retirar-se, gosto da maneira dele de jogar», realçou.
João Sousa é agora agenciado pela empresa gerida por Jorge Mendes e o vimaranense confessou a parceria já se faz notar.
«O interesse de Jorge Mendes não surgiu apenas por vencer o torneio da Malásia. O interesse já vinha de antes. Há varias propostas de parceria comigo e por isso estou contente, a empresa de Jorge Mendes esta a fazer um bom trabalho e em breve teremos noticias muito boas», afirmou.
Para terminar, João Sousa deixou bem claro que não se considera o melhor jogador português de todos os tempos: «Fiz resultados inéditos, mas a carreira de um jogador é longa e não se pode avaliar por um torneio bom, ou por um ano bom».