O tenista português João Sousa mostrou-se hoje satisfeito com o seu nível de jogo apesar da derrota frente ao norueguês Casper Ruud, na segunda ronda do Estoril Open.

O vimaranense, 147.º do ranking mundial, entrou muito bem no encontro e venceu o primeiro set, mas acabou por perder com o norueguês, quinto da hierarquia, por 4-6, 6-2 e 6-2, em duas horas e 16 minutos

“Acho que no primeiro set ele não estava tão habituado às condições de jogo e custou-lhe um bocadinho e eu aproveitei essa vantagem. E, depois, um segundo set e um terceiro set muito parecidos, em que eu não consegui aguentar o meu serviço. Depois, com uma vantagem confortável para ele, as coisas mudaram e, obviamente, ele sem essa pressão, esse medo de perder conseguiu soltar-se. […] Este tipo de jogadores, quando estão por cima, são demolidores”, referiu.

João Sousa admitiu que o nível de Ruud nos dois últimos sets foi superior ao seu e que teve “algumas dificuldades para acompanhar”.

“No entanto, dei tudo o que tinha e, apesar da derrota, estou contente com o meu nível”, referiu o vencedor do Estoril Open em 2018.

Antes de João Sousa falar com os jornalistas, Casper Ruud tinha deixado elogios ao português, dizendo que pode voltar a chegar ao top 50 mundial.

“Veremos, acho que, se fisicamente conseguir estar a 100%, o que não tem sido fácil, tenho o nível para poder estar top 100, top 50, como já estive, acredito que sim. Este nível [do encontro de hoje] é muito parecido àquilo que eu estou mais habituado e àquilo que eu quero. Sei que consigo atingir esse bom nível. Como digo, apesar da derrota, contente pela forma como joguei, pela forma como encarei o jogo”, referiu.

Deixando elogios ao público e dizendo ser “um privilégio poder jogar em casa”, Sousa referiu que “a estratégia era tentar ser agressivo, não dar muito ritmo” a Ruud, porque o norueguês quando “ganha algum ritmo, é muito perigoso”.

“No segundo set, joguei pontos mais compridos, porque não estava a conseguir ser tão acutilante, tão agressivo e passei fatura, porque depois ele conseguiu ganhar ritmo e conseguiu jogar a um bom nível. Passava por aí ser agressivo, tentar pressionar mais a esquerda dele, tentar subir à rede, pontos curtos e a verdade é que estava a fazer isso na perfeição, mas no segundo set não consegui, também por mérito dele que aumentou o nível”, disse.

João Sousa considerou que Ruud fez dos “melhores [encontros] dos últimos meses”, garantindo que agora está focado no encontro da segunda ronda de pares, ao lado do austríaco Dominic Thiem.

“O Dominic tem de jogar amanhã [quinta-feira] o singular dele, vamos ver como é que corre. Eu obviamente vou dar tudo para vencer, acho que ele está no mesmo registo que eu e vamos dar tudo e tentar mais uma vez passar à meia-final. O público é importante, é sempre importante e eu acredito que amanhã vamos ter esse carinho novamente”, assumiu.

Em relação ao futuro, João Sousa diz que vai tentar disputar a qualificação de Monte Carlo, depois o challenger de Oeiras, antes do ‘qualifying’ de Madrid, e dois challengers a anteceder a qualificação para Roma.