O tenista português João Sousa disse à Agência Lusa que vai enfrentar o Open da Austrália com uma maior pressão para fazer “mais e melhor” no primeiro "Grand Slam" da época.

“Eu não diria que sinto mais responsabilidade, mas é obvio que a pressão de fazer mais e melhor existe, não só exterior, mas também da minha parte e, como sou ambicioso, às vezes pressiono-me demasiado... Mas tenho aprendido a controlar bem as emoções e certamente saberei lidar com novas situações”, respondeu por email o número um do ténis português quando questionado sobre se a sua posição no "ranking" que lhe conferia mais responsabilidade.

Eliminado na segunda ronda do Open da Austrália por Andy Murray no ano passado, João Sousa tem “ótimas” expectativas para esta edição.

“Tenho vindo a trabalhar bem e penso que fizemos o trabalho adequado para estar a cem por cento para o Open da Austrália. Vamos ver como correm as coisas”, sublinhou.

Ainda sem conhecer o seu adversário na primeira ronda, o 51.º tenista mundial reconheceu que a estreia contra um qualifier “é claramente melhor do que começar contra o Nadal”, mas destacou que “seguramente” não vai ser um encontro nada fácil.

“Os qualifiers por vezes são mais difíceis do que outros jogadores com entrada direta, já que vêm rodados e têm ritmo de jogo. Vamos esperar e ver quem é o adversário”, completou.

Confiante, o melhor português de sempre no "ranking" mundial vai tentar chegar mais longe do que em 2013, embora prefira pensar “encontro a encontro”.

Para o jogador português, o calor é “sem dúvida” a maior dificuldade pela qual todos os jogadores passam no "Grand Slam" australiano, que decorre em Melbourne entre 13 e 26 de janeiro.

“O desgaste físico é notório e temos que estar muito bem fisicamente para poder aguentar todo o encontro e estarmos frescos a nível mental”, fez notar.

Na primeira época depois de se ter tornado o primeiro tenista nacional a conquistar um torneio ATP, João Sousa assume que agora o público o conhece melhor.

“As pessoas em Portugal começam a conhecer e a saber mais sobre ténis e, obviamente, isso é ótimo para a modalidade! Os fãs são uma parte essencial na carreira de um jogador e é gratificante saber que as pessoas nos acompanham e nos apoiam naquilo que fazemos”, confessou.

Sempre com o Open da Austrália no horizonte, Sousa não se escusou a falar sobre os objetivos para 2014, que passam, sobretudo, por acabar o ano no top 50.

“Esse é o objetivo primordial para este ano. Depois, temos vários objetivos a nível pessoal, mas o importante é pensar semana a semana e ter a cabeça bem fresca para defrontar os vários desafios”, concluiu.