O antigo selecionador português de ténis José Vilela manifestou este domingo o desejo de enfrentar a Suiça no 'play-off' de acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis, por acreditar na ausência dos tenistas Roger Federer e Stan Wawrinka.

"Estamos num 'play-off' 23 anos depois e saio daqui encantado. O ideal para nós é que nos saísse a Suíça em casa, porque não acredito que o Federer e o Wawrinka viessem. Vêm do US Open e para virem para terra batida já não têm muita paciência", começou por afirmar o antigo selecionador, que capitaneou a única formação lusa num 'play-off', na altura perdida diante da seleção croata.

À margem da eliminatória vencida diante dos ucranianos, no Club Internacional de Foot-Ball (CIF), em Lisboa, José Vilela reconheceu que devido à ausência dos melhores tenistas do conjunto de leste, nomeadamente de Aleksandr Dolgopolov,os encontros não foram tão complicados como se esperaria.

"Seria mais difícil, obviamente, mas não nos podemos esquecer que o Artem Smirnov [número 507.º do ranking mundial] fez duas grandes exibições e jogou muito à vontade. O Dolgopolov apareceria aqui como grande favorito, mas nós temos o João Sousa, que também é fantástico.

O Gastão nestas alturas também se manda lá para cima. Seria sempre mais complicado, mas teríamos sempre hipóteses", justificou.

O antigo capitão reiterou que o "fácil se tornou extremamente difícil", lembrando que Gastão Elias venceu Artem Smirnov em "cinco longos sets" e que "perderam o encontro de pares".

Paralelemente, José Vilela mostrou-se confiante no aparecimento de novos talentos no ténis português, frisando que não será fácil chegar ao patamar de João Sousa.

"Não estou preocupado. Quando deixei a Taça Davis disse que seria difícil aparecer uma equipa tão boa como aquela que eu tive a felicidade de dirigir e, de repente, aparece uma equipa melhor ou do mesmo nível. O João Domingues, o Frederico Silva e outros miúdos vão aparecer, mas é complicado chegar ao nível do João Sousa, é verdade. Tudo pode acontecer", terminou.