Rafael Nadal e Novak Djokovic, que derrotou o tenista português João Sousa, imitaram-se hoje, até nos parciais, para rumarem à terceira ronda de Roland Garros, ao contrário do que aconteceu ao francês Jo-Wilfried Tsonga.

Novak Djokovic, o campeão em título, tornou-se hoje o responsável por colocar um ponto final na aventura portuguesa nesta edição do torneio francês, ao ser implacável com o número um nacional, derrotando-o por 6-1, 6-4 e 6-3, em duas horas e sete minutos.

Com um registo imaculado frente a Sousa (59.º), o número dois mundial dominou o português, que nunca lhe ganhou um ‘set’ nos quatros encontros entre ambos e que hoje só por uma vez conseguiu quebrar o serviço do sérvio, no segundo parcial.

“Joguei bem nos dois primeiros ‘sets’, mas o terceiro não foi assim tão bom”, argumentou o eterno ‘carrasco’ de Sousa, que na terceira ronda vai defrontar o argentino Diego Schwartzmann.

À vitória de ‘Djoko’ seguiu-se a de Nadal, que demonstrou que coordenação é a palavra de ordem entre os dois grandes candidatos, ao vencer o holandês Robin Haase, 46.º jogador do ‘ranking’ ATP, precisamente pelos mesmos parciais, em uma hora e 49 minutos.

“Estou contente por ter voltado ao Philippe Chatrier. No ano passado, este ‘court’ foi muito duro para mim, mas é o mais importante da minha carreira”, assumiu o espanhol, que vai prosseguir a demanda por um 10.º título em Roland Garros frente ao georgiano Nikoloz Basilashvili.

Com Nadal e Djokovic a confirmarem as suas credenciais, tal como aconteceu com o sexto cabeça de série, o austríaco Dominic Thiem, que derrotou o italiano Simone Bolelli (7-5, 6-1 e 6-3), e com o quinto, o canadiano Milos Raonic, que superou o brasileiro Rogério Dutra Silva (4-6, 6-2, 6-3 e 6-4), a grande surpresa chegou no único encontro da primeira ronda que faltava concluir, com Jo-Wilfried Tsonga a dar um desgosto ao seu público.

Nem a sorte de ter visto o seu descalabro interrompido na terça-feira por falta de luz natural deu novo alento ao francês, que hoje, quando regressou ao ‘court’ para completar o seu encontro com Renzo Olivo, foi incapaz de inverter o domínio do argentino e caiu com os parciais de 7-5, 6-4, 6-7 (6-8) e 6-4.

Semifinalista em duas ocasiões (2013 e 2015), Tsonga, 11.º jogador mundial, deixou a França órfã da sua maior esperança, sendo eliminado por um jogador estreante no ‘Grand Slam’ parisiense. Olivo, que não tinha vencido qualquer encontro nos quatro torneios de preparação para Roland Garros, pediu mesmo desculpa ao público por ter afastado a sua ‘estrela’.

Do lado feminino, a espanhola Garbiñe Muguruza esteve hoje perto de tornar-se a protagonista involuntária da jornada, mas a campeã em título recuperou de um ‘set’ de desvantagem, para sair vitoriosa diante da estoniana Anett Kontaveit (53.ª), pelos parciais de 6-7 (4-7), 6-4 e 6-2.

“Roland Garros é o meu torneio e estou preparada para me bater por cada ponto”, disse a número cinco mundial, que vai se cruzar com a cazaque Yulia Putintseva na terceira ronda, fase em que também já está a norte-americana Venus Williams (11.ª).

A mais veterana das irmãs Williams derrotou a japonesa Kurumi Nara (90.ª) por expressivos 6-3 e 6-1, sob o olhar atento da ‘mana’ Serena, que, grávida de seis meses, foi apenas uma espetadora atenta no ‘major’ que já venceu em 2002, 2013 e 2015.

Quem já se despediu da ‘catedral’ da terra batida foi a checa Petra Kvitova. A bonita história da 15.ª cabeça de série, que voltou aos ‘courts’ esta semana, menos de seis meses depois de ter sido esfaqueada na mão por um assaltante dentro da sua própria casa, acabou na segunda ronda, diante da norte-americana Bethanie Mattek-Sands (117.ª), que venceu por 7-6 (7-5) e 7-6 (7-5).