Apenas pela quarta vez na era Open (desde 1968), as meias-finais de Roland Garros vão ser disputadas pelos quatro melhores do ranking. Rafael Nadal (1.º) e Andy Murray (4.º) venceram os encontros dos “quartos” sem ceder qualquer set e juntaram-se a Novak Djokovic (3.º) e Roger Federer (4.º). Se a tarefa do escocês adivinhava-se menos complicada, já o líder do mundial teve de enfrentar Robin Soderling, o único tenista que alguma vez o derrotou no Grand Slam francês e finalista nas duas últimas edições. Mas o sueco esteve longe de repetir o êxito dos oitavos-de-final de 2009, por culpa de um Nadal que jogou o melhor ténis desde o início do torneio e venceu, por 6-4, 6-1 e 7-6 (7/3).
«Hoje foi bom, bem melhor que nos encontros anteriores. Não sei se vou ganhar o torneio, mas para já é suficiente, para minha felicidade. Quanto ao resto, logo se vê», disse Nadal, após uma exibição onde a determinação e garra estiveram em grande destaque, bem como a sua “direita”, semi-ausente nas três rondas precedentes.
Murray tornou-se no segundo tenista britânico a aceder às meias-finais de Roland Garros, desde 1968 – sucedendo a Tim Henman, em 2004 – depois de justificar o favoritismo diante do argentino Juan Ignacio Chela (34.º), como atestam os parciais de 7-6 (7/2), 7-5 e 6-2.
Mas a exibição de Murray não foi tão regular como esperado, embora não se tenha ressentido da lesão no tornozelo direito, contraída no sábado. «Não me posso permitir a perder a concentração. Será preciso que jogue o meu melhor ténis, ser consistente, forte mentalmente e muito bom tacticamente», afirmou Murray, antevendo o duelo de sexta-feira com Nadal.
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