Nick Kyrgios anunciou este sábado que não vai disputar o Open dos Estados Unidos, segundo grande Grand Slam da temporada que arranca no final do mês.

Através de um vídeo no Twitter, o tenista australiano explicou as razões para tal decisão e criticou alguns colegas de profissão como Novak Djokovic, depois de o sérvio ter organizado um torneio de exibição em plena pandemia.

Para Kyrgios, "o mais importante é a saúde e a segurança de todos".

"Os tenistas têm de pensar nos interesses comuns e agir em conjunto. Não podem correr atrás do dinheiro e tentar ganhar mais ao organizar uma exibição. Pensem nos outros, porque é disso que este vírus se trata e ele não quer saber do vosso ranking, nem de quanto dinheiro têm na conta", defendeu.

"Podemos reconstruir o desporto e a economia, mas não podemos recuperar as vidas perdidas. Não vou jogar o US Open. Magoa-me o facto de não competir num dos maiores palcos do desporto, mas vou ficar de fora pelas pessoas, pelos meus australianos, pelas centenas de milhares de americanos que perderam as suas vidas. Por todos vocês. Esta é a minha decisão, gostem ou não", justificou.

Kyrgios explicou que nesta altura a “classificação mundial ou o dinheiro” não são importantes.

O US Open tem início agendado para 31 de agosto, sendo que, na semana antes e nas mesmas instalações, deverá ocorrer o Masters 1.000 de Cincinnati.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 680 mil mortos e infetou mais de 17,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (154.319) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 4,6 milhões).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.