Novak Djokovic está de volta ao Open da Austrália, primeiro ‘major’ da temporada, para lutar pelo 11.º título, preservar o estatuto de número um mundial e se tornar no tenista mais titulado do Grand Slam.

Apenas uma jogadora, a australiana Margaret Court detém 24 títulos do Grand Slam, os mesmos do sérvio, que a pode ultrapassar, caso vença pela quinta vez consecutiva nos Antípodas, após falhar a edição de 2022 por não estar vacinado contra a covid-19.

Aos 36 anos, o tenista de Belgrado regista 28 triunfos consecutivos em Melbourne Park, onde venceu todas as 10 finais jogadas desde 2008, ano em que ergueu pela primeira vez o troféu australiano, repetindo a proeza em 2011, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020, 2021 e 2023.

Novak Djokovic vai iniciar na madrugada de domingo [em Portugal] a sua participação na 112.ª edição do Open da Austrália, que terá lugar entre 14 e 28 de janeiro, como número um do ‘ranking’ mundial, pela já histórica 407.º semana, mas essa liderança poderá ser ameaçada pelo espanhol Carlos Alcaraz, de 20 anos, e pelo russo Daniil Medvedev.

Além do tenista de Múrcia, segundo cabeça de série e bicampeão do Grand Slam (Open dos Estados Unidos de 2022 e de Wimbledon em 2023), e do moscovita, terceiro do mundo e campeão em Flushing Meadows em 2021, as expectativas são muitas em torno de Jannik Sinner, que no final de 2023 bateu por duas vezes, em três encontros, Novak Djokovic.

Após derrotar o sérvio na fase de grupos das ATP Finals (conquistada por Djokovic) e nas meias-finais da Taça Davis, competição que viria a ganhar com Itália, o jovem transalpino (4.º ATP), de 22 anos, vai regressar à competição frente ao neerlandês Botic van de Zandschulp (59.º ATP) e um eventual encontro com o número um do mundo poderá só acontecer nas meias-finais do Open da Austrália.

A este restrito grupo de tenistas com potencial para chegar longe em Melbourne Park, juntam-se o russo Andrey Rublev (5.º ATP), o alemão Alexander Zverev (6.º ATP) e o grego Stefanos Tsitsipas (7.º), mas afigura-se hercúlea a tarefa de impedir Novak Djokovic, que recentemente acusou dores no braço direito durante o encontro cedido ao australiano Alex De Minuar na United Cup, de tentar fazer o ‘Golden Grand Slam’, este ano, como já confessou ser sua intenção, aludindo igualmente aos Jogos Olímpicos de Paris’2024.

De fora da competição ficou o espanhol Rafael Nadal, que regressou no início do ano à competição, após quase um ano de ausência, mas voltou a lesionar-se.

Na competição feminina, todas as atenções estão centradas na campeã em título, a bielorrussa Aryna Sabalenka, e na líder do ranking WTA, a polaca Iga Swiatek, assim como no regresso da bicampeã do Open da Austrália (2019 e 2021) Naomi Osaka, depois de mais de um ano de ausência para ser mãe.

Enquanto Sabalenka, vice-campeã do Open dos Estados Unidos em 2023, vai iniciar a defesa do título frente à jovem ‘qualifier’ alemã Ella Seidel, de 18 anos, a jogar pela primeira vez um quadro principal de singulares do Grand Slam, Iga Swiatek terá como primeira adversária a norte-americana Sofia Kenin, também ela vencedora de um ‘major’, conquistado em Melbourne Park em 2020.