O capitão Nuno Marques disse esta quarta-feira que o sonho do Grupo Mundial ainda está distante, garantindo que Portugal está concentrado no frente-a-frente com Israel, da primeira eliminatória do Grupo I da zona euro-africana da Taça Davis em ténis.

"Ninguém está a pensar muito no apuramento, apesar de ser uma espécie de sonho distante que queremos atingir. Estamos centrados nesta eliminatória. Estamos bem preparados, estamos a adaptar-nos bem às condições", sublinhou o selecionador nacional na conferência de imprensa de antevisão do duelo entre Portugal e Israel.

Nuno Marques reconheceu que, em teoria, a terra batida dos ‘courts’ do Clube Internacional de Foot-Ball (CIF), em Lisboa, será uma vantagem para a seleção lusa, mas que essa mais-valia terá de ser confirmada entre sexta-feira e domingo.

"Não sei [se somos favoritos]. Jogamos em casa, é melhor do que jogar fora. Jogamos em terra, frente ao nosso público. Vai ser uma eliminatória difícil, contra uma equipa muito boa. Temos muita confiança em nós. Vamos jogar para ganhar, acreditamos que podemos, mas vai ser uma eliminatória muito dura", prognosticou.

O capitão português admitiu que Israel não é uma equipa tão forte em terra, mas recordou que Dudi Sela, o número um dos visitantes, entrou muito bem nesta temporada.

"Têm opções de número dois muito fortes, o par também é forte. É uma equipa muito experiente, muito dura, com um espírito muito competitivo. Estamos preparados para três dias muito duros", acrescentou.

João Sousa, o número um nacional, coincidiu com Nuno Marques sobre a dureza do embate da primeira eliminatória da Taça Davis desta época.

"Penso que a Davis é uma semana bastante exigente, não só a nível psicológico, mas físico, porque jogamos a cinco ‘sets’, três dias seguidos. Serve de preparação para outros torneios. Tanto eu como o Gastão vamos seguir daqui para a América do Sul, para torneios que são em terra batida. É bom jogar em terra, porque eles não gostam e também porque ajuda nas nossas carreiras", analisou o 41.º tenista mundial.

O vimaranense disse que, independentemente do seu ‘ranking’ e do facto de ser o primeiro dos jogadores nacionais, está na Davis para ajudar Portugal.

"É mais uma eliminatória em casa, é sempre bom poder jogar em Portugal. Vou dar o meu melhor para poder ajudar Portugal", concluiu.

Já Gastão Elias, número dois nacional, destacou que é positivo para a seleção ter dois jogadores - ele e João Sousa - num bom momento de forma.

"Acho que é bom podermos competir na Davis nesta boa forma em que estamos. Apesar de não ter feito nenhum grande resultado ainda este ano, fiz várias boas exibições. Sinto que estou a arrastar o momento [bom] do ano passado para este ano e isso é bom para Portugal. Espero continuar a fazer boas exibições aqui na Davis", confessou o 76.º jogador ATP.

A primeira eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis decorre entre sexta-feira e domingo, nos ‘courts’ de terra batida do CIF.