O primeiro tenista português a jogar no Open da Austrália, Nuno Borges, fez hoje um “balanço positivo” da estreia em Melbourne Park, apesar da derrota diante do italiano Lorenzo Sonego e de não ter saído “com as melhores sensações.”
“Foi um encontro muito duro. Não esteve assim tanto calor, mas faz-se sentir e sofri bastante. O nome dele e o ‘ranking’ acho que saíram um bocadinho por cima, mas já sabia que ia ser um encontro muito complicado”, começou por contar à Lusa.
Depois de há um ano ter ficado fora do ‘qualifying’, por testar positivo à covid-19, o maiato, número 111 no ‘ranking’ ATP, estreou-se no primeiro ‘major’ da temporada com uma derrota diante de Lorenzo Sonego (47.º ATP), que precisou, ainda assim, de quatro ‘sets’ para garantir a manutenção em prova, por 7-6 (7-4), 6-3, 6-7 (6-8) e 6-1.
“Ele serviu muito bem e nos meus jogos de resposta não consegui fazer tanto, o que me desgastou mais nos meus jogos de serviço. Depois, foi um bocadinho difícil andar sempre atrás do prejuízo, quando perco o primeiro e segundo ‘set’”, confessou Borges.
Apesar de não ter conseguido evitar o encontro entre Sonego e o polaco Hubert Hurkacz (10.º ATP) na segunda ronda, o número dois português, de 25 anos, faz “um balanço positivo” das três horas e 18 minutos passadas no ‘court’ 6 de Melbourne Park.
“Não foi um mau encontro de todo. Foi bom, apesar de não ter saído de lá com as melhores sensações. Acho que tenho de estar orgulhoso pela minha prestação aqui na Austrália. Foi a primeira vez que joguei e os últimos 10 dias foram bons para perceber o que preciso melhorar e ganhar mais motivação para jogar mais torneios destes e trabalhar cada vez mais duro, por forma a melhorar o meu ténis e continuar a crescer”, defendeu.
Nuno Borges lembra que é nos torneios do ‘Grand Slam’ que “todos querem estar” e frisa ter sido “realmente gratificante jogar” o Open da Austrália, mas “agora é tempo de pensar na Taça Davis” e na eliminatória com a República Checa, a 04 e 05 de fevereiro, no Complexo Municipal de Ténis da Maia.
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