O tenista português Pedro Sousa considerou esta segunda-feira que não foi o cansaço que ditou o seu afastamento na primeira ronda do Estoril Open, garantindo que até fez um bom jogo frente ao argentino Leonardo Mayer.

“O cansaço... não foi por aí. Apesar de ter feito muitos jogos este ano, não teve nada a ver com o encontro de hoje. Até é melhor estar cansado do que jogar fresquinho, por não estar a fazer jogos”, referiu.

Pedro Sousa, 368.º do ‘ranking’ mundial e que recebeu um convite da organização, foi incapaz de contrariar o favoritismo do argentino, 46.º da hierarquia, e foi derrotado ao fim de uma hora e 21 minutos, por 6-1, 6-4.

“Acho que fiz um bom jogo, ele teve mérito, tive as minhas oportunidades no serviço dele, mas aproveitei poucas. A este nível há que aproveitá-las mais, mas ele também jogou bem, principalmente no serviço e na direita”, referiu.

Para Pedro Sousa, “faltou um bocadinho” para conseguir obrigar Mayer a mais um ‘set’, salientando que “se tivesse aproveitado os dois ou três ‘breaks’” que teve no parcial “as coisas seriam diferentes”.

“Mas ele teve muito mérito na maneira como jogou”, admitiu.

Pedro Sousa vai regressar ainda hoje ao ‘court’ para jogar a primeira ronda de pares, ao lado de Rui Machado, frente aos espanhóis Pablo Carrena Busta e Inigo Cervantes.

“Ontem [domingo] sabíamos dessa hipótese, de que poderia jogar dois encontros hoje e este serviu para aquecer. Estou pronto para jogar os pares a seguir”, afirmou.

Pedro Sousa deixou ainda elogios para o amigo Gastão Elias, que o eliminou na segunda ronda do ‘challenger’ de Turim e entrou hoje pela primeira vez no ‘top 100’ mundial, considerando que “é ótimo para ele e para o ténis português”.

Sobre a sua temporada, Pedro Sousa considerou que “o ano está a correr bem”, lembrando que o objetivo era aproximar-se do ‘top-200’.

“Nem sei em que ‘ranking’ comecei – nem me interessa -, sei que já tive uma boa subida, estou com uma boa quantidade de pontos para esta altura do ano”, afirmou.

Pedro Sousa tem estado a disputar muitos torneios da categoria ‘future’, sobretudo em Hammamet, na Tunísia, onde já jogou nove provas e venceu três troféus.

“Quase sai mais barato jogar lá do que em Portugal. Espero não voltar lá muitas vezes. Optei por Hammamet. Em Portugal só havia em piso rápido. Espero que sejam mais duas, três semanas para depois passar para os ‘challenger’”, afirmou.