O tenista português Pedro Sousa admitiu hoje que vai ser difícil digerir a derrota frente ao compatriota João Sousa na segunda ronda do Estoril Open, num encontro que disse ter terminado “esgotado”.
“Neste momento, não estou muito satisfeito. Apetece-me pegar nas raquetezinhas todas e fazer uma fogueira. Amanhã se calhar vai parecer um pouco melhor, não sei. São derrotas que custam a digerir e neste momento não estou satisfeito”, referiu.
Num encontro em que dispôs de dois ‘match points’ no segundo ‘set’, Pedro Sousa, 143.º do 'ranking' mundial, perdeu com João Sousa, 68.º, por 4-6, 7-6 (7-1), 7-5, em duas horas e 26 minutos.
“É verdade. Ganhei o primeiro, joguei bem o segundo, acho que também joguei bem o terceiro. O que se passou? Não sei, foi daquelas alturas que mais custam. O João também elevou o nível nessa altura, eu não consegui fechar, foi isso que aconteceu. Um grande amigo meu [Gastão Elias] uma vez disse-me que jogar aos 5-3 é fácil, fazer o seis é que é difícil. Hoje confirmou-se”, referiu.
Questionado sobre se este teria sido, apesar da derrota, o melhor encontro da sua carreira, Pedro Sousa disse que “sem dúvida que foi um bom encontro, até porque o João é um jogador que está no top-50 há vários anos”.
“Se foi o melhor ou não? Também já joguei bem outros jogos. Foi um grande jogo, se o melhor ou não, também não me lembro”, admitiu.
Depois de ter sentido grandes dificuldades físicas na primeira ronda frente ao francês Gilles Simon, o lisboeta voltou a terminar o encontro com algumas dificuldades.
“Fisicamente estou acabado, esgotado, dei o que tinha e não tinha. Não foi por aí que perdi”, afirmou Pedro Sousa, que nas últimas mudanças de campo optou por não se sentar, porque era “menos mau ficar de pé”.
E foi mesmo essas dificuldades que acabaram por o levar a falhar um ponto aparentemente fácil, que lhe daria dois ‘match points’ no terceiro parcial, quando numa subida à rede, com o campo praticamente aberto, acabou por atirar a bola para onde estava João Sousa.
“No caminho para a bola estava a começar a dar um início de cãibra e fiquei um pouco sem saber o que fazer. Não vou dormir bem é pelas dores que vou ter outra vez. São coisas que acontecem. Só não acontecem a quem não está lá”, referiu.
Deixando elogios ao público presente no Clube de Ténis do Estoril – “estiveram impecáveis, como sempre” –, Pedro Sousa disse não estar obcecado com uma possível chegada ao ‘top-100’ mundial, depois de já ter sido 102.º da hierarquia.
“Quando me lesionei no pulso nem ‘top-200’ ia ser... Felizmente nesta segunda vida consegui jogar o meu melhor ténis. Infelizmente não quebrei essa barreira do top100 por pouco, mas não vale a pena estar a pensar muito nisso”, afirmou.
Eliminado nos singulares, Pedro Sousa continua em prova nos pares, ao lado de Gastão Elias, defrontando na quinta-feira o holandês Wesley Koolhof e o neozelandês Artem Sitak.
“É sempre um prazer entrar no campo com o Gastão Elias para jogar um par. Estou ansioso que chegue esse momento”, brincou.
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