O Portugal Open poderá “brevemente” ser reconhecido como um evento de interesse público, revelou esta quarta-feira o secretário de Estado do Desporto e Juventude, que se mostrou surpreendido pelo facto de o torneio de ténis não ter ainda esse estatuto.
“Confesso alguma estranheza por, em tantos anos, nunca se ter pensado nisso. Seria um sinal interessante para o Portugal Open. Seria algo normal já que há muitos eventos que se fazem de norte e sul do país que têm este reconhecimento”, afirmou Emídio Guerreiro aos jornalistas, após uma reunião de cerca de duas horas com o diretor do torneio, João Lagos, realizada em Lisboa.
O secretário de Estado reconheceu que o Portugal Open é um “evento muito importante”, embora não seja “historicamente financiado pelo Governo por falta de condições para isso”, e que o estatuto de interesse público poderá abrir novas portas ao mais importante torneio português de ténis, que há 24 anos se realiza no Complexo Desportivo do Jamor, em Oeiras.
“O Governo reconhece que é um evento bastante importante e que existe a possibilidade de atribuir o estatuto de interesse desportivo ao próprio evento, desde que reúna as condições legais para isso. Isso terá um peso na questão promocional do torneio, valorizando-o e abrindo caminho a uma maior facilidade de organização de todo o processo” explicou.
Por seu lado, João Lagos saiu da reunião com um “conforto muito grande” e satisfeito com a possibilidade de o Portugal Open venha a ser reconhecido com um evento de interesse público.
“É algo que já poderia ter acontecido há mais anos e poderá acontecer agora. É um ‘rótulo’ que traz consigo benefícios. É incentivador e encorajador para patrocinadores e entidades para se associarem ao Open”, referiu o diretor da prova.
Lagos, que recentemente alertou que a realização da prova está em risco devido a falta de financiamento, destacou a “vontade” do secretário de Estado “em procurar formas de evitar que o Open se perca”.
“É um ativo extremamente importante para o desporto português. O que levo daqui hoje é um conforto muito grande de que a secretaria de Estado do Desporto é um parceiro apesar das suas limitações orçamentais e que promete de tudo fazer para que se encontrem formas de evitar o pior”, disse.
Para o empresário, caso não existissem problemas financeiros, a 25.ª edição do Portugal Open seria a “melhor de todos os tempos”, devido ao interesse que tem recebido pelos “grandes nomes do ténis mundial”.