O norte-americano Andy Roddick anunciou na quinta-feira, dia do 30.º aniversário, que o Open dos Estados Unidos em ténis será o seu último torneio, causando a grande surpresa da jornada, novamente tranquila para Roger Federer.

«Decidi que este torneio é o meu último», disse Roddick, numa inesperada conferência de imprensa, um dia após o adeus prematuro da belga Kim Clijsters. «Não sei se terei saúde e empenho suficientes para continuar na próxima época», declarou Roddick, numa conferência de imprensa inesperada.

O antigo número um Mundial, que conquistou em Nova Iorque, em 2003, o seu único título do Grand Slam, não escolheu os "courts" de Flushing Meadows por acaso: «Sempre quis, num mundo perfeito, terminar neste torneio», explicou o norte-americano, que hoje defronta o australiano Bernard Tomic, 11 anos mais novo.

«Espero que não seja o seu último encontro», reagiu o suíço Roger Federer, número um do Mundo, que se manifestou triste quanto Roddick, "um embaixador do ténis", o informou da retirada. E exortou mesmo o público do Central a «dificultar a vida a Tomic».

Roddick jogou outras quatro finais de "majors", três em Wimbledon (2004, 2005 e 2009) e uma em Flushing Meadows (2006). Em todas elas viu o título escapar para Federer, mas o suíço diz sentir que "Andy também é um vencedor de Wimbldon", depois de o norte-americano ter perdido a final londrina de 2009 num enorme quinto "set", por 16-14.

«Não era fácil para Andy, nos Estados Undios, aparecer depois de (Andre) Agassi, (Pete) Sampras, (Jim) Courier, (Michael) Chang e outros, mas penso que ele sempre fez o melhor que podia», acrescentou o helvético, após um triunfo fácil sobre o alemão Björn Phau, 83.º da classificação ATP, por 6-2, 6-3, 6-2.

O suíço de 31 anos, que passou hora e meia no "court" Arthur Ashe, menos quatro minutos do que na primeira ronda, concedendo também menos dois jogos, vai defrontar o espanhol Fernando Verdasco nos oitavos de final do último torneio do Grand Slam da época, no qual procura a sua sexta vitória, o que seria um recorde da era Open.

O quarto dia de competição ficou marcado pela eliminação do francês Jo-Wilfried Tsonga, que perdeu por números pouco condizentes com o seu estatuto de quinto cabeça de série perante o eslovaco Martin Klizan, 52.º da hierarquia mundial (4-6, 6-1, 1-6 e 3-6).

O checo Tomas Berdych, sexto pré-designado, passou facilmente pelo estónio Jurgen Zopp, cedendo sete jogos, tantos quantos o norte-americano James Blake, 114.º do Mundo e convidado em Nova Iorque, perante o espanhol Marcel Granollers, 24.º cabeça de série. Blake, 32 anos, não ganhava a um pré-designado do US Open desde 2008, quando bateu Berdych, então 12.º.

O seu compatriota Mardy Fish (23.º) tornou-se o segundo jogador do torneipo a recuperar de uma desvantagem de 2-0 em "sets", eliminando dessa forma o russo Nikolay Davydenko.

Entre as mulheres, a norte-americana Venus Williams deixou o torneio à segunda ronda, derrotada pela terceira vez esta época pela alemã Angelique Kerber, sexta cabeça de série, por 6-2, 5-7 e 7-5. A "besta negra" das irmãs Williams já tinha posto fim a uma série de 19 triunfos seguidos da mais nova, Serena, vencendo-a em Cincinnati.

Em Nova Iorque, Serena Williams, quarta pré-designada, avançou para a terceira ronda, com um a vitória fácil sobre a espanhol Maria Jose Martinez Sanchez, por 6-2 e 6-4, enquanto a sérvia Ana Ivanovic (12.ª) bateu a sueca Sofia Arvidsson sem problemas, com um duplo 6-2.