Os veteranos Roger Federer e Rafael Nadal voltam a repartir o favoritismo para o Open da Austrália em ténis, depois de terem disputado a final de 2017, que foi favorável ao suíço.
Quando as carreiras de ambos pareciam estar a dar sinais de declínio, Federer, agora com 36 anos, e Nadal, de 31, contrariaram essa aparente tendência e iniciaram o ano com uma final no primeiro torneio do ‘Grand Slam’ da temporada, cuja edição de 2018 se disputa entre 15 e 28 de janeiro.
O suíço ainda venceu em Wimbledon, ampliando para 19 o seu recorde de vitórias em ‘majors’, e Nadal reforçou o estatuto de ‘rei’ de Roland Garros, atingindo o décimo título na terra batida parisiense, antes de ganhar o US Open. De candidatos à ‘reforma’ passaram para os dois primeiros lugares do ‘ranking’ mundial, liderado pelo espanhol.
Em 2017, o helvético conquistou o seu quinto título em Melbourne, ao bater Nadal na final em cinco ‘sets’ (6-4, 3-6, 6-1, 3-6 e 6-3), ‘vingando’ assim a única final perdida neste torneio (2009), ano em que Nadal conquistou o seu único triunfo no open australiano, seguindo-se então três derrotas, com o sérvio Novak Djokovic em 2012, com o suíço Stan Wawrinka em 2014 e a de 2017 com Federer.
Apesar de ter vencido por seis vezes em Melbourne, Djokovic não lidera os prognósticos, já que vem de uma larga ausência de seis meses devido a lesão.
A ausência ‘atirou’ Djokovic para o 12.º lugar da hierarquia, mas o regresso à competição nesta semana deixou satisfeito o jogador, que, logo no primeiro encontro, derrotou o austríaco Dominic Thiem, num embate em que o sérvio disse ter-se sentido bem em vários aspetos, principalmente no serviço, embora tenha alertado não se encontrar a 100%.
Finalista nas edições de 2015 e 2016, ambas perdidas para Djokovic, o britânico Andy Murray vai adiar novamente um triunfo em Melbourne, por força de uma operação à anca. Em dificuldades nos últimos meses, Murray justificou que optou agora pela intervenção para poder apostar em pleno na temporada de relva.
Único ‘outsider’ nos últimos anos frente aos ‘big four’, Stan Wawrinka também não deverá estar a 100% na Austrália, uma vez que regressa em Melbourne após seis meses de ausência devido a uma lesão no joelho.
Entre os portugueses, apenas João Sousa vai marcar presença no quadro principal do ‘grand slam’ australiano, ao qual chega no 59.º posto do ‘ranking’, depois de ter chegado à segunda ronda do recente torneio neozelandês de Auckland, em que perdeu diante do espanhol David Ferrer.
Os restantes quatro jogadores lusos – João Monteiro, Gastão Elias, Gonçalo Oliveira e João Domingues – ‘caíram’ na primeira ronda da fase de qualificação.
O quadro feminino ficou este ano ‘orfão’ da detentora do título, a norte-americana Serena Williams, sete vezes vencedora em Melbourne, pelo que são várias as candidatas à sucessão, entre as quais a sua irmã mais velha, Venus, finalista da última edição.
Aos 37 anos, a experiente jogadora, quinta do ‘ranking’, pode tentar beneficiar da ausência de Serena para finalmente vencer na Austrália, depois das finais perdidas em 2017 e no longínquo ano de 2003.
Na ausência de Serena, a romena Simona Halep pode fazer valer a sua liderança do ‘ranking’ para tentar vencer em Melbourne, numa altura em que a condição física da espanhola Garbine Muguruza, terceira da hierarquia e campeã de Wimbledon, não parece ser a melhor, depois de ter abandonado em dificuldades físicas os dois torneios de preparação que disputou.
Igualmente na corrida estarão a dinamarquesa Caroline Wozniacki (segunda do mundo), a ucraniana Elina Svitolina (quarta), a checa Karolina Pliskova (sexta) e a letã Jelena Ostapenko (sétima), vencedora em Roland Garros.
Entre as ‘outsiders’, casos da francesa Caroline Garcia (oitava), da britânica Johanna Konta (nona) e da belga Coco Vandeweghe (10.ª), o destaque vai para a russa Maria Sharapova, que, pela primeira vez desde o regresso à competição depois de ter cumprido suspensão por doping, entra diretamente no quadro principal.
Sharapova, atual 61.ª da hierarquia mundial, procura reconquistar um título que venceu em 2008, ao derrotar na final a sérvia Ana Ivanovic, tendo ainda perdido as finais de 2007, 2012 e 2015.
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