Um rejuvenescido Roger Federer procura conquistar o oitavo título em Wimbledon, terceiro torneio do ‘Grand Slam’ da temporada, o que lhe permitiria tornar-se no ‘rei’ da relva londrina.

A pouco mais de um mês de cumprir o 36.º aniversário, Federer, número cinco mundial, conquistou no domingo o quarto título em seis torneios esta temporada, entre os quais se encontra Open da Austrália, primeiro ‘major’ da época.

O suíço, recordista de títulos em torneios do ‘Grand Slam’ (18), apontou a sua temporada para Wimbledon, tendo falhado toda a temporada de terra batida, incluindo Roland Garros, para se concentrar no ‘seu’ torneio.

Caso conquiste pela oitava vez Wimbledon, Federer, que não vence em Londres desde 2012, ultrapassará o norte-americano Pete Sampras e o britânico William Renshaw, que venceu sete vezes a prova durante o século XIX.

Depois de vencer Roland Garros, o espanhol Rafael Nadal, segundo do ‘ranking’, surge também como um dos favoritos à vitória, que conseguiu em 2008 e 2010, embora a relva não seja a sua superfície de eleição.

Apesar de estarem a ter temporadas abaixo do esperado, o britânico Andy Murray, número um mundial e detentor do troféu, e o sérvio Novak Djokovic, terceiro da hierarquia, não podem ser afastados à partida da luta, assim como o suíço Stanislas Wawrinka, finalista em Roland Garros.

Contudo, Andy Murray apresentou alguns problemas físicos nos dias antes do início do torneio, o que o obrigou a abandonar um torneio de exibição.

Dificilmente, um tenista da nova geração poderá intrometer-se na luta pela vitória no All England Club, com o alemão Alexander Zverev, que chegou à final em Halle, onde foi derrotado por Federer, a ser um dos nomes que pode surpreender, tal como o mais experiente croata Marin Cilic.

João Sousa, que em 2016 chegou à terceira ronda em Londres, é, para já, o único português no quadro principal, podendo ainda ter a companhia de Pedro Sousa, que está na terceira e última ronda da qualificação. João Domingues e Michelle Brito foram afastados.

Sem a norte-americana Serena Williams, grávida, o quadro feminino volta a estar muito em aberto, como aconteceu em Roland Garros, onde a letã Jelena Ostapenko triunfou com surpresa.

Regressada à competição, após vários meses de ausência, depois de ter sido esfaqueada numa mão num assalto a sua casa, a checa Petra Kvitova regressou aos títulos em Birmingham, igualmente em relva, e pode repetir os títulos de 2011 e 2014.

Além da checa, apenas haverá mais uma campeã em Wimbledon, a norte-americana Venus Williams, cinco vezes vencedora na relva londrina, a última das quais em 2008.

As três primeiras do mundo, a alemã Angelique Kerber, a romena Simona Halep e a checa Karolina Pliskova, também podem chegar longe na prova, que decorre de 03 a 16 de julho.

Nas apostas, Kvitova surge como favorita, seguida de perto por Pliskova e da espanhola Garbiñe Muguruza.