O sérvio Novak Djokovic vai defrontar o russo Daniil Medvedev, carrasco nas meias-finais do espanhol Carlos Alcaraz, na final do Open dos Estados Unidos, agendada para domingo em Nova Iorque, onde hoje é coroada a nova campeã.
Uma confirmação e uma ‘surpresa’ foi o saldo das meias-finais masculinas em Flushing Meadows, com o triunfo do tenista de Belgrado frente ao norte-americano Ben Shelton, por 6-3, 6-2 e 7-6 (7-4) e a derrota do número um mundial diante do moscovita, terceiro no ranking ATP, pelos parciais de 7-6 (7-3), 6-1, 3-6 e 6-3.
Novak Djokovic, número dois do mundo, mas que na segunda-feira ascende à liderança da hierarquia, colocou um ponto final na campanha impressionante do jovem anfitrião, de 20 anos, que se tornou profissional no último Verão, após se sagrar campeão universitário dos Estados Unidos, para alcançar a 10.ª final do ‘major’ nova-iorquino.
O detentor de 23 títulos do Grand Slam, três deles conquistados no último ‘major’ da temporada, encontrou a resposta para uma das principais armas do adversário, o serviço e jogo potente [Shelton fez o serviço mais rápido da história do torneio - 239,7 km/hora contra Tommy Paul nos oitavos de final], e fazendo-se valer da sua experiência conseguiu fechar o duelo ao fim de duas horas e 40 minutos.
“Estes são o tipo de encontros e ocasiões que me fazem querer continuar e inspiram-me todos os dias para tentar e trabalhar tanto como os jovens. Os torneios do Grand Slam são os que mais me motivam para jogar o meu melhor ténis”, confessou Djokovic, depois de eliminar o mais jovem norte-americano a chegar às semifinais desde Michael Chang em 1992.
Depois de ‘quebrar’ cinco vezes Shelton e sofrer apenas um ‘break’, Djokovic garantiu pela terceira vez na carreira a presença na final de todos os torneios do Grand Slam na mesma temporada, repetindo os feitos de 2015 e 2021.
Aos 36 anos, o sérvio pode ainda tornar-se no mais velho vencedor da era ‘open’ do ‘major’ norte-americano.
“A disciplina é tudo. Penso que é uma combinação de disciplina, força de vontade e clareza do que queres fazer. Quais são os teus objetivos a curto e longo prazo. Tenho o prazer de praticar este desporto há muitos anos e tenho conquistado muito. Ainda sinto que tenho algo nas minhas pernas e que ainda tenho muito para dar a esta modalidade. Não podia estar mais feliz por estar em mais uma final do Grand Slam”, afirmou o campeão do Open da Austrália e Roland Garros, que vai disputar a sua 36.ª final de um ‘major’.
Na final, Novak Djokovic vai reencontrar o russo Daniil Medvedev, com quem perdeu o encontro decisivo de 2021, após o triunfo deste ante o Alcaraz, que estava em Nova Iorque a defender o título conquistado há um ano.
Medvedev, de 27 anos, protagonizou uma exibição de alto nível e, mesmo tendo cedido um ‘set’, fechou o embate ao fim de três horas e 19 minutos para se qualificar pela terceira vez para a final nos últimos cinco anos.
“Tinha dito que, numa escala de 1 a 10, tinha de jogar no nível 11. Joguei no nível 12, exceto no terceiro ‘set’. Era a única maneira. Não sei se ele ainda tem 20 ou 21 anos, mas ele é muito novo e já tem dois títulos do Grand Slam e é número um ao longo de várias semanas. É, sinceramente, inacreditável e penso que ninguém conseguiu isto antes dele. Para vencê-lo precisas de ser melhor que ti próprio e eu consegui fazer isso hoje”, explicou o russo.
Naquela que será a sua quinta final de um ‘major’, Medvedev vai lutar pelo seu segundo triunfo no Grand Slam, ao mesmo tempo que tentará impedir Djokovic de conquistar o 24.º ‘major’, depois de em 2021 ter sido bem sucedido na missão de negar ao sérvio a vitória em todos os torneios do Grand Slam no mesmo ano.
Na prova feminina, a bielorrussa Aryna Sabalenka, que na segunda-feira será a nova número um mundial, vai defrontar este sábado a norte-americana Coco Gauff, sexta no ranking feminino, na corrida pelo seu segundo título do Grand Slam da carreira e do ano, após o triunfo no Open da Austrália.
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