A dupla de tenistas portugueses João Sousa/Gastão Elias admitiu hoje a superioridade dos adversários, o bielorrusso Max Mirnyi e ao polaco Mariusz Fyrstenberg, depois da eliminação na segunda ronda do Estoril Open pelos parciais de 6-4 e 6-2.

Frente aos terceiros cabeças de série da prova, a dupla portuguesa até teve um início de jogo positivo, conseguindo levar o primeiro ‘set’ até ao 3-3, mas, ao sétimo jogo, o serviço de Gastão Elias foi quebrado, permitindo à dupla adversária fechar o primeiro parcial por 6-4.

“Sabíamos que eram uma dupla difícil de vencer. Até ao 3-3 estávamos a um bom nível, mas depois as coisas pioraram e eles subiram o nível. Acabaram a jogar em grande, sem pressão” afirmou João Sousa na conferência de imprensa após o jogo.

A mesma opinião teve Gastão Elias, que dada a superioridade e solidez dos adversários admitiu mesmo que a certa altura chegou a desesperar, dado o nível de jogo apresentado pelos adversários.

“Claramente os outros foram superiores hoje. Não tínhamos margem para erros e não havia muito a fazer. Penso que eles tiveram um jogo quase perfeito. A certa altura estávamos um pouco desesperados e, pelo menos eu, não sabia muito bem o que mais podia fazer”, disse.

No segundo ‘set’, a diferença de nível de jogo entre os adversários foi ainda mais evidente, aliando uma quebra de intensidade nos portugueses a uma subida de nível de Fyrstenberg e Mirnyi, que acabaram por conseguir dois’ breaks’ à maior, fechando o segundo parcial com claros 6-2.

“Acho que a intensidade do encontro fez com que no segundo set não tivéssemos tao dentro do encontro. Com dois ‘breaks’ de desvantagem o ânimo foi abaixo”, observou João Sousa.

Com a derrota de Sousa e Elias, Rui Machado é agora o único ‘sobrevivente’ português em prova, cuja ‘curta’ participação foi analisada de forma diferente pelos dois jogadores.

“Não saio satisfeito. As minhas expectativas eram altas, mas não consegui jogar um bom ténis. Foi uma semana negativa. Gostaria de ter feito outro resultado, mas há que voltar a trabalhar para voltar aos bons resultados. Vou tentar não pensar muito nisto”, afirmou o vimaranense.

Já Gastão Elias, quarto-finalista do Portugal Open em 2013 e 2014, que beneficiou de um ‘wild card’ para entrar no quadro principal do torneio, destacou o bom ténis que praticou, apesar da derrota na primeira ronda frente ao holandês Kenny de Schepper.

“Para mim acho que não foi um torneio negativo. Saio daqui confiante, a jogar bem, mesmo tendo perdido 45 pontos, e sabendo que vou descer no ‘ranking’. Sei que mais cedo ou mais tarde vou recuperar esses pontos”, disse.

Questionados sobre a disponibilidade para representar a seleção portuguesa, a dupla garantiu que, caso sejam solicitados, estão prontos para defender as cores nacionais na Taça Davis já no próximo compromisso frente à Finlândia, entre 17 e 19 de julho, da segunda ronda do Grupo II da zona Europa/África.