O ‘capitão’ da Ucrânia elogiou hoje o nível de ténis exibido por Portugal e a qualidade humana dos tenistas nacionais, considerando que a segunda eliminatória do Grupo I da Taça Davis foi um exemplo de ‘fair-play’.

“Primeiro, parabéns a Portugal, não só pelo apuramento, mas pelo nível de ténis praticado”, começou por dizer Andrei Medvedev, que considerou que a seleção nacional tem uma equipa “muito boa e muito unida”.

O carismático ‘capitão’ ucraniano, que foi quarto do ‘ranking’ mundial, em 1994, e que jogou a final de Roland Garros, em 1999, elogiou o ambiente de ‘fair-play’ vivido nos cinco encontros disputados, entre sexta-feira e hoje, no Club Internacional de Foot-Ball, em Lisboa.

“O mais importante para mim é que as pessoas sejam boas, que sejam corretas. É impossível não gostar da seleção portuguesa, nota-se que são pessoas de classe, são genuínos. Não houve qualquer questão ao nível do ‘fair-play’. Isso torna a eliminatória mais fácil, permite-nos concentrar no essencial”, defendeu.

Apesar da derrota por 4-1, o selecionador da Ucrânia faz um balanço positivo da prestação dos seus jogadores.

“Estamos satisfeitos com o que demos, a única coisa má é que não conseguimos a vitória. Os nossos jogadores ganharam experiência este fim de semana. O Artem [Smirnov] viu que tem ótima qualidade e pode jogar com jogadores do ‘top mundial’. O João teve mesmo de jogar bem para batê-lo [hoje]”, destacou.

O número um da Ucrânia argumentou que a chave da sua derrota, por 7-6 (7-3), 7-6 (7-2) e 6-2), foi mesmo João Sousa.

“Ele jogou a um grande nível. Para mim, foi difícil competir com ele em pontos importantes. Ele não estava a falhar e eu sabia que se lhe desse uma bola fácil ele não iria perdoar. Ele simplesmente jogou melhor nos pontos importantes”, resumiu.

O 507.º jogador mundial, que jogou a grande nível este fim de semana, assumiu que, depois de perder o segundo parcial, foi difícil jogar ao mesmo nível no terceiro ‘set’.

“Fui abaixo e depois foi difícil recuperar. O João tinha o ascendente mental e eu não consegui lá chegar. No terceiro ‘set’, estava frustrado, fisicamente em baixo. Olhava para o Andrei e ele motivou-me. Ainda consegui quebrá-lo, mas depois foi difícil”, concluiu.