O capitão da seleção portuguesa, Rui Machado, assegurou hoje que Portugal vai “tentar aproveitar a oportunidade de fazer história” frente à República Checa, no Complexo Municipal de Ténis da Maia, garantindo o apuramento para as finais da Taça Davis.
A equipa nacional, composta por João Sousa (84.º ATP), Nuno Borges (105.º), Frederico Silva (220.º), Gastão Elias (246.º) e Francisco Cabral (62.º no ‘ranking’ pares), vai defrontar os checos Jiri Lehecka (39.º), Tomas Machac (122.º), Vit Kopriva (160.º), Jakub Mensik (396.º) e Adam Pavlasek (78.º em pares), este sábado e domingo, no ‘play-off’ de apuramento e, em caso de vitória, disputará pela primeira vez as finais da Taça Davis.
“A experiência conta e na última eliminatória contou [contra o Brasil]. Mas acho que o mais importante é ver a disponibilidade dos jogadores, como encararam a eliminatória e este sentimento. O que se sente é que queremos mesmo ganhar. Depois, no campo, há aquela bola que acaba por entrar, porque queremos mesmo ganhar. Sinto isso nos jogadores e espero transportar isso para campo. Sinto que os nossos jogadores querem mesmo ganhar. Sei que vão dar o melhor. O sentimento que se vive é tentar oportunidade e fazer história, porque já merecemos”, confessou o capitão.
Na antevisão ao duelo contra a República Checa, Rui Machado, de 38 anos, adiantou esperar uma “eliminatória bastante difícil” contra um “país com uma grande história na Taça Davis e uma tradição de ténis com grandes resultados”.
“Estamos a contar que venham com essa experiência, tanto na equipa deles como nos jogadores. Vêm para tentar ganhar. Mas sabemos que isto é Taça Davis, que o fator casa é muito importante e é onde temos tido melhores resultados. Queremos acreditar que isso nos vai ajudar, porque acreditamos muito nas nossas capacidades. Acredito muito no nível que os nossos atletas conseguem produzir. Podemos ganhar qualquer encontro. Podemos ganhar ou perder, mas acredito que temos nível tenístico para disputar e ganhar qualquer um dos encontros”, sublinhou o algarvio.
Apesar de já ter “uma ideia da equipa” que vai colocar em ação nos quatro encontros de singulares e no desafio de pares, Machado preferiu não revelar os eleitos, antes de falar com os jogadores e do sorteio que se realiza na sexta-feira, mas garantiu que a seleção está a preparar-se da “melhor maneira” e que “estão todos bem fisicamente”.
Já o capitão da República Checa, Jaroslav Navratil, lembrou ter deixado Jiri Vesely (109.º) “em casa, porque está lesionado” e estar em Portugal com uma equipa jovem para discutir uma eliminatória equilibrada.
“Estamos em Portugal com jovens jogadores, como Jiri Lehecka, que chegou aos quartos de final no Open da Austrália, e também com Tomas Machac e Vit Kopriva. Temos respeito pela equipa portuguesa, porque têm bons jogadores, como Sousa, Borges e o jogador de pares, Cabral. Vai ser muito equilibrado, as duas equipas têm oportunidade de ganhar. É importante porque o vencedor vai às finais [da Taça Davis]”, frisou, acrescentando que o “‘court’ é perfeito, é parecido com Roland Garros”.
Em caso de vitória, Portugal garantirá, pela primeira vez na história, o apuramento para a fase final da competição, agendada para a semana de 11 de setembro (fase de grupos), em quatro cidades a anunciar, onde estarão 16 seleções em prova.
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