A jovem tenista norte-americana Coco Gauff garantiu um lugar na final do Open dos Estados Unidos, ao bater a checa Karolina Muchova, na quinta-feira à noite, num encontro interrompido por um protesto ambiental.
Gauff, que aos 19 anos é a número seis mundial, a jogar em casa, contou com o apoio do público para derrotar Muchova, 10.ª no 'ranking' WTA, por 6-4 e 7-5, num encontro que durou duas horas e quatro minutos, em Flushing Meadows, Nova Iorque.
As duas tenistas estavam pela primeira vez nas meias-finais do último Grand Slam da temporada.
Este encontro foi uma reedição da final deste ano do WTA 1.000 de Cincinnati, a 20 de agosto, na qual a norte-americana também bateu a checa, de 27 anos, vice-campeã de Roland Garros este ano.
Na final, Gauff vai defrontar a vencedora da outra meia-final, entre a também norte-americana Madison Keys e a bielorrussa Aryna Sabalenka, que irá subir à liderança do 'ranking' mundial após o fim do torneio.
A partida foi interrompida cerca de uma hora depois do início, numa altura em que Gauff já vencia por 6-4 e 1-0, quando foram ouvidos gritos de protesto de um grupo de espetadores na área superior das arquibancadas do Estádio Arthur Ashe.
De acordo com vídeos publicados nas redes sociais, três manifestantes colocaram-se em pé e gritavam pelo fim dos combustíveis fósseis. Dois foram expulsos, mas o terceiro tinha colado os pés descalços ao solo de cimento.
As forças de segurança demoraram mais de 30 minutos a conseguir remover o terceiro manifestante, que deixou o estádio escoltado pelos seguranças do torneio.
As duas tenistas recolheram os balneários e a partida foi retomada, após um período de aquecimento, depois de uma interrupção de quase 50 minutos.
Um dos manifestantes, que se identificou como Ian, disse que queria que o Open dos Estados Unidos fosse responsabilizado, porque tem patrocinadores que são grandes corporações cujas políticas estão a contribuir para o aquecimento global.
“Não estamos a tentar prejudicar de forma alguma os atletas. Não temos nada contra o desporto, mas estamos aqui realmente a tentar chamar a atenção para uma questão: não haverá mais ténis para ninguém no mundo desfrutar”, disse.
Este foi o último de uma vaga recente de protestos em eventos desportivos, contra a utilização de combustíveis fósseis.
Num outro Grand Slam, em Wimbledon, em julho, duas partidas foram interrompidas quando ativistas ambientais pularam das arquibancadas e espalharam confetes no piso.
Em agosto, num torneio em Washington, cerca de uma dúzia de pessoas foram convidadas a deixar o local depois de gritarem e exibirem cartazes de protesto contra o uso de combustíveis fósseis.
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