O número um mundial Novak Djokovic e o suíço Roger Federer estão de volta ao All England Club, onde discutiram a última final de Wimbledon, em 2019 e, este ano, podem fazer história como os mais titulados do ‘Grand Slam’.
Após um ano de interregno, devido à pandemia da covid-19, o terceiro ‘major’ da temporada está de volta, entre segunda-feira e 11 de julho, e coloca em jogo a aliciante possibilidade do sérvio, de 34 anos, em caso de vitória, igualar os 20 títulos do Grand Slam do espanhol Rafael Nadal e de Roger Federer.
Já o helvético, de 39 anos, que há dois anos cedeu numa dramática final decidida em cinco ‘sets’, por 7-6 (7-5), 1-6, 7-6 (7-4), 4-6 e 13-12, se voltar aos títulos no Reino Unido, pode descolar da concorrência e tornar-se no tenista mais credenciado do ‘Grand Slam’, ao conquistar o 21.º ‘major’ da carreira.
E se o tenista de Belgrado já confessou estar empenhado em lutar pelo maior número possível de troféus do ‘Grand Slam’, tendo já averbado esta temporada os dois disputados, o Open da Austrália e Roland Garros, o antigo líder do ‘ranking’ mundial e atual número oito ATP também admitiu estar decidido a investir todos os seus esforços na relva onde se sagrou campeão em oito ocasiões.
Roger Federer, que esteve mais de um ano ausente do circuito na sequência de duas intervenções ao joelho direito, em 2020, só regressou à competição em março, tendo jogado apenas quatro torneios.
Depois de ter desistido de Roland Garros, antes mesmo de jogar os oitavos de final com o italiano Matteo Berrettini, para se resguardar e poupar fisicamente para Wimbledon, o jogador de Basileia ficou pela segunda ronda no ATP 500 de Halle, ao perder diante do canadiano Felix Auger-Aliassime.
Enquanto Federer chega ao All England Club envolto em algumas dúvidas, embora apontado como crónico favorito, o cinco vezes campeão de Wimbledon é o maior candidato e apresenta-se em boa condição física e motivado para igualar o recorde do helvético e de Nadal, que este ano não vai pisar a relva londrina.
Tal como esquerdino de Manacor e número três mundial, que renunciou ao ‘major’ britânico para recuperar do desgaste da temporada de terra batida, o austríaco Dominic Thiem, quinto colocado no ‘ranking’, também vai falhar o ‘major’ britânico, por ter contraído no ATP 250 de Maiorca uma lesão no pulso direito que o obriga a parar, pelo menos, cinco semanas.
Com exceção de Rafael Nadal e Dominic Thiem, campeão do Open dos Estados Unidos, todos os outros jogadores do ‘top 10’ vão marcar presença no tradicional All England Club, que, este ano, vai acolher 50% por cento dos habituais espetadores, devido às restrições impostas pelo novo coronavírus, estando previsto o regresso à lotação máxima no fim de semana das finais.
Na competição feminina, que não contará com a participação da japonesa Naomi Osaka e da campeã em título, a romena Simona Halep, a australiana Ashleigh Barty e a norte-americana Serena Williams assumem principal protagonismo.
Depois do anúncio da desistência da nipónica e número dois mundial, que se havia retirado igualmente de Roland Garros, após a vitória na primeira ronda, em defesa da sua saúde mental, sexta-feira foi a vez da terceira colocada no ‘ranking’ WTA comunicar a impossibilidade de defender o título do terceiro ‘major’ da época, por ainda estar a recuperar da lesão muscular nos gémeos da perna esquerda.
Ashleigh Barty, de 25 anos, tem como melhor resultado em Wimbledon a presença na quarta ronda, em 2019, e vai iniciar a sua participação frente à espanhola Carla Suárez Navarro, enquanto Serena Wiliams, de 39 anos, regressa ao All England Club, onde já triunfou em sete ocasiões, para defrontar a bielorrussa Aliaksandra Sasnovich (100.ª) na corrida pelo 24.º ‘major’ da carreira.
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