Novak Djokovic e Roger Federer asseguraram hoje a reedição da final de Wimbledon do ano passado, demonstrando porque são, respetivamente, os número um e dois do ‘ranking’ mundial de ténis.

Mais impressionante do que o triunfo de Djokovic sobre Richard Gasquet, por 7-6 (7-2), 6-4 e 6-4, só mesmo os números de Federer após a vitória sobre o ídolo local, Andy Murray, por 7-5, 7-5 e 6-4. O suíço, de 33 anos, vai estar na sua décima final em Wimbledon, na 26.ª em torneios de ‘Grand Slam’ e vai procurar o oitavo troféu no All England Club e o 18.º em ‘majors’.

“Foi duro. O Andy está a jogar muito bem esta época e havia tanta expetativa em relação a este encontro. Tive de tentar concentrar-me e continuar a segurar o meu serviço jogo após jogo. Fiquei incrivelmente feliz. Talvez não o tenha demonstrado no final, porque o público ficou muito silencioso”, explicou o suíço, que é o mais velho finalista desde Ken Rosewall (39) em 1974.

A chave da meia-final entre os número dois e três da hierarquia ATP esteve no final da cada ‘set’, com Federer a quebrar o serviço a Murray no momento ideal para evitar que o escocês voltasse à final de Wimbledon, torneio que ganhou em 2013 (foi o primeiro britânico a fazê-lo em 77 anos).

Sólido, preciso e realista, o suíço encostou o favorito local ao fundo do ‘court’ e obrigou-o a defender, impedindo que este impusesse o seu jogo. Murray sai de Wimbledon com um registo ainda mais negativo diante dos dois primeiros do ‘ranking’, somando 12 derrotas consecutivas com Federer e Djokovic.

Curiosamente, o sérvio precisou de mais 13 minutos do que ‘Fed’ para afastar o francês Richard Gasquet, num encontro que durou duas horas e 20 minutos. Depois de um começo ‘lento’, ‘Djoko’ afastou o vencedor do Estoril Open e 21.º cabeça de série para aceder à final.

“Foi uma ótima exibição, tendo em conta a ocasião. Meias-finais são sempre difíceis e as coisas podiam ter caído para qualquer lado no primeiro ‘set’. Esse foi o ponto de viragem”, disse o vencedor em título, que no domingo vai procurar o seu terceiro troféu no All England Club e o nono em ‘majors’.

Djokovic afastou ainda qualquer preocupação sobre uma eventual lesão no ombro esquerdo, depois de ter recebido assistência médica por duas vezes na semifinal.

“Não é nada que me preocupe, honestamente. Estarei bem para a próxima ronda”, disse.