O tenista sérvio Novak Djokovic igualou hoje, com a vitória na final de Wimbledon, os 20 títulos do ‘Grand Slam’ do suíço Roger Federer e do espanhol Rafael Nadal e já avisou que não vai “parar por aqui”.

“Significa que nenhum de nós vai parar [de jogar]. Tenho de dar todo o mérito ao Rafa e ao Roger, como lendas da nossa modalidade, os dois jogadores mais importantes na minha carreira e a razão pelo jogador que sou hoje”, afirmou o tenista sérvio, no 'court' central, após o triunfo sobre o italiano Matteo Berrettini.

Djokovic não esqueceu os rivais no momento em que os igualou: “Eles mostraram-me o que tinha de melhorar, mentalmente, fisicamente e tecnicamente. Perdi muitos encontros com eles, mas em 2010/2011 as coisas mudaram e nos últimos 10 anos tem sido incrível e não vai parar por aqui”.

Além de prestar o tributo ao helvético, oito vezes campeão na relva londrina, e ao esquerdino de Manacor, que este ano optou por não jogar no All England Club para recuperar do desgaste físico de Roland Garros, o número um mundial elogiou a atitude do jovem adversário de hoje, de 25 anos, primeiro italiano a disputar a final de Wimbledon.

“Foi mais que uma batalha. O Matteo merece os parabéns pelo grande torneio e tenho a certeza que terá uma grande carreira pela frente. Wimbledon sempre foi um grande sonho para mim desde criança. Sei o quão especial é e não quero dar nada por garantido. Era um miúdo de sete anos na Sérvia quando, na minha cama, construí um troféu de Wimbledon com materiais improvisados e agora estou aqui com seis títulos. É incrível”, contou.

Minutos depois do feito histórico, Roger Federer, antigo número um mundial, de 39 anos, fez questão de felicitar Djokovic, através das redes sociais.

“Parabéns Novak pelo teu 20.º ‘major’. Tenho orgulho de jogar numa era especial de campeões de ténis. Magnífica exibição, muito bem”, escreveu Federer, afastado nos quartos de final de Wimbledon pelo polaco Hubert Hurkacz, quando lutava pelo 21.º título do ‘Grand Slam’ da carreira.