Roger Federer não se vai sagrar no domingo campeão de Wimbledon pela nona vez, depois de deixar a 'coroa' nos quartos de final do prestigiado torneio de ténis, travado pelo 'gigante' sul-africano Kevin Anderson.
O suíço, que fará 37 anos em agosto, não se dá por 'convencido' e prometeu regressar para o ano, para mais uma reconquista do troféu, que este ano ficará para Anderson, para o sérvio Novak Djokovic, para o espanhol Rafael Nadal - ambos antigos campeões - ou para o norte-americano John Isner.
Anderson, de 2,03 metros, pode gabar-se de ser dos poucos a derrotar Federer em piso de relva - nunca é fácil e hoje também não o foi, com um 'match point' perdido pelo suíço e 13-11 no quinto set, quando já havia quatro horas e 13 minutos de jogo.
Os parciais foram de 2-6, 6-7 (5/7), 7-5, 6-4, 13-11, a comprovar que a luta foi épica e que poderia ter pendido no fim para qualquer dos lados.
Foi no terceiro 'set' que Federer podia ter 'fechado', quando liderava por 5-4, mas em vez disso permitiu a reviravolta e deu alma nova ao sul-africano. Passou o resto do jogo a tentar 'refrear' Anderson, finalista do Open dos Estados Unidos.
"Num jogo, criam-se ocasiões e melhora-se o nível. Mas hoje não tive a sensação de ter jogado especialmente bem", referiu Federer. "Tinha dificuldade em tirá-lo do fundo do campo, porque ele bate a bola com muita força".
"Quando perdia por dois 'sets', fiz por aguentar e continuar a batalhar. Bater Federer em Wimbledon é qualquer coisa que vou recordar sempre, sobretudo depois de um jogo tão cerrado", disse por seu lado Anderson.
Desde 2013 que Federer não perdia antes das meias-finais - nesse ano, caiu na segunda ronda.
Quem está no quarteto final é o campeão de 2014 e 2015, Novak Djokovic, que defrontará Nadal nas 'meias'. O outro jogo será entre Anderson e Isner.
O sérvio, antigo número um mundial, mas agora somente 21.º, vai regressar ao top-10 depois de superar o japonês Kei Nishikori (6-3, 3-6, 6-2, 6-2). Há dois anos que 'Djoko' tenta o regresso ao seu melhor nível, ainda sem sucesso.
Depois de perda de motivação e de uma operação ao cotovelo direito, no início do ano, parece estar agora no bom caminho. "É 'super' estar nas meias-finais. Construi este resultado pouco a pouco, desde a época de terra batida e está a ir cada vez melhor", assegurou o tenista, que chega a esta fase pela oitava vez em Wimbledon.
Nadal, o melhor especialista de terra batida, mas também talentoso na relva, ainda passou por uma 'maratona' mais longa que o rival Federer - quatro horas e 52 minutos para finalmente afastar o sempre difícil argentino Juan Martin del Potro.
Os números finais no duelo foram de 7-5, 6-7 (7/9), 4-6, 6-4 e 6-4.
No caminho de Anderson, curiosamente, aparece agora outro dos 'gigantes' do circuito - nada menos que John Isner, que mede 2,06 metros.
Hoje, terminou com o sonho do canadiano Milos Raonic, que perdeu pelos parciais de 6-7 (5/7), 7-6 (9/7), 6-4 e 6-3.
Com os resultados de hoje, certo é também que Nadal segura a liderança do 'ranking', em que tem 50 pontos apenas de avanço sobre Federer. O que cada um vai descartar e somar reforça a posição do maiorquino.
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