Novak Djokovic está de regresso aos grandes momentos e, após mais de dois anos sem conquistar um 'major' de ténis e ter passado por uma operação, foi hoje soberbo na final de Wimbledon, ganha de forma indiscutível.
O tenista sérvio, antigo número um do mundo, já tinha feito o mais difícil nas meias-finais, quando afastou o espanhol Rafael Nafal, atual líder do 'ranking'. Hoje, o seu regresso ao topo teve um capítulo final esperado, ganhando ao sul-africano Kevin Anderson (8.º) em três 'sets', com 6-2, 6-2 e 7-6 (7/3).
Aos 31 anos, o sérvio eleva a sua contabilidade para 13 'majors', dos quais quatro em Wimbledon, 'salta' de 21.º para 10.º do 'ranking' e - sobretudo - anuncia que a sua carreira se relança. A fase de falta de confiança, lesão recorrente no cotovelo direito e cirurgia já lá vai.
'Djoko' nem teve de forçar, bastou-lhe esperar pelos erros do 'gigante' (2,03 metros) sul-africano, poderosíssimo nas bolas de serviço, mas apenas sofrível na troca de bolas rápidas.
Anderson, de 32 anos, não é um 'desconhecido' a este nível de jogo e, em 2017, foi finalista do Open dos Estados Unidos, mantendo desde então uma regularidade apreciávell. Hoje, só no terceiro 'set' incomodou, ao obrigar o sérvio a anular cinco bolas de 'set'.
O sul-africano pareceu também mais cansado do que o adversário, ressentindo a longa meia-final de mais de seis horas e meia contra o norte-americano John Isner, só decidida com 26-24 no quinto 'set', bem como a 'maratona' nos 'quartos' de mais de quatro horas contra o suíço Roger Federer, anterior detentor do título.
Não foi fácil também o caminho de Djokovic, que teve de jogar no sábado o final da partida contra Nadal - cinco horas e um quarto de luta, mas divididos pelos dois diais.
Tudo somado, o sérvio chegou à final na relva do Centre Court do All England Club com menos cerca de cinco horas e meia de jogo.
Hoje, 'Djoko' começou logo a 'explicar' ao que ia e fez 'break' a abrir, dominando os poderosos serviços do adversário, que não concretizou mais do que dois 'ases' nesta fase inicial da final. Até então, era de sete a média de 'ases' por 'set' de Anderson (172 no torneio).
Com 6-2 no marcador, Anderson foi massajado no braço, acentuando-se a ideia de que estava mesmo menos forte. E a história repetiu-se no segundo 'set', com o tenista sérvio a quebrar o serviço logo no arranque e a avançar com simplicidade de jogo até novo 6-2.
Anderson melhorou a qualidade do seu jogo e conseguiu mesmo estar ao nível de 'Djoko'. Teve duas bolas para fechar a 5-4 e mais três a 6-5, sem sucesso, por muito pouco.
No 'tie-break', a experiência de Djokovic fez a diferença, para o seu 13.º trófeu nos torneios de primeiríssimo plano.
O sérvio isola-se como o quarto mais titulado de sempre e fica a um 'Grand Slam' do norte-americano Pete Sampras. Os dois primeiros lugares estão distantes - Federer tem 20 e Nadal 17.
Comentários