A dupla de velejadores Pedro Reis e Guilherme Ribeiro congratulou-se hoje por estar a “superar as expectativas” com que viajou para os Mundiais, estando a uma regata de garantir a medalha de prata em RS Venture, em Haia.

“Viemos para estes Mundiais com a mente aberta. A nossa primeira experiência foi em 2022 em Omã, onde garantimos o bronze. Claro que queríamos, pelo menos, igualar esse resultado, porém estamos a superar as expectativas”, disse à Lusa Pedro Reis.

Com o segundo lugar na regata de hoje, já garantiram, pelo menos, a medalha de bronze, a menos que sejam desclassificados no derradeiro desafio.

“Infelizmente, temos lutado para o ouro, mas sem nunca velejar contra o primeiro [compete em outra frota], tentando tirar-lhes pontos. Por isso, será entre a prata e o bronze. Subir uma posição de um ano para o outro seria fantástico. É continuar a trabalhar e esperar algum tipo de apoio ou estrutura que nos ajude a atingir o ouro nos próximos Mundiais”, acrescentou Pedro Reis.

Com 13 pontos, já não conseguem ultrapassar os franceses Ange Margaron e Olivier Ducruix, com nove, contudo podem ser alcançados pelos canadianos John McRoberts e Scott Lutes, com 15.

“Estamos num bom rumo, a lutar por mais e melhores resultados para Portugal. E para melhorarmos enquanto velejadores”, revela Guilherme Ribeiro.

O velejador entende que o “foco e concentração são a base do sucesso e da consistência” da dupla, “sempre focada no primeiro lugar”.

“Tentamos estar constantemente na frente da regata, controlando assim o resto da frota e para obter o melhor resultado. Ficámos sempre em primeiro ou segundo e a única vez em que fomos terceiro foi por uma súbita mudança de vento, numa prova que liderávamos”, contou.

Luís Rocha, diretor técnico nacional da Federação Portuguesa de Vela, destaca a “importância dos bons desempenhos internacionais para o desenvolvimento crescente da vela adaptada em Portugal”.

“A uma regata do fim, estamos em posição de pódio em RS Venture e também pelo João Pinto em Hansa 303, que é terceiro. A confirmarem-se estes resultados, será uma excelente propaganda e um estímulo adicional para os clubes em Portugal proporcionarem a quem teve uma infelicidade na vida a possibilidade de praticar vela.

A vela adaptada não integra o programa dos Jogos Paralímpicos.