No regresso do Mundial a Portugal, depois de em 2007 ter decorrido em Cascais, a mais importante classe olímpica de vela reune 89 velejadores e 55 velejadoras (FX) em Matosinhos, numa prova que segundo o presidente do Clube de Vela Atlântico (CVA), Miguel Lopes Cardoso, "foi organizada numa semana".

Segundo a organização, o impacto económico do evento para a região "será de 1,5 milhões de euros", sendo que, depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, "será a primeira vez que as quatro tripulações femininas da competição FX voltam a competir entre si".

"Seria uma irresponsabilidade deixar escapar o mais importante evento de vela do norte do país", afirmou Miguel Lopes Cardoso de uma prova que "há um mês está a ser preparada no campo de regatas por algumas das tripulações" que vão estar em competição.

Depois de em 2015 ter organizado o Europeu da classe no Porto, o Mundial surge em Matosinhos como o "primeiro passo da preparação para os Jogos Olímpicos 2020 em Tóquio", num evento que segundo a organização "vai ser seguido em 170 países".

Portugal competirá com três embarcações 49er, tripuladas por Jorge Lima/José Costa, Afonso Maia/Francisco Maia e Rodolfo Pires/Gonçalo Pires, numa prova que reunirá nas águas dos Atlântico duas dezenas de medalhados olímpicos e campeões mundiais e os atuais campeões europeus Dylan Fletcher e Stuart Bithell.

Em femininos, o destaque vai para Martine Grael, atual campeã olímpica.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, antigo velejador e por duas vezes campeão nacional pelo CVA, apelou ao Estado "para que volte a se focar na modalidade".