Declarações dos treinadores da Fonte do Bastardo e do Draisma Dynamo Apeldoorn, após o jogo da primeira mão dos oitavos de final da Taça Challenge de voleibol, disputado na Praia da Vitória, que terminou com uma vitória dos açorianos, por 3-0:

João Coelho (treinador da Fonte do Bastardo): “Eu não diria facilidades, bem pelo contrário. Pode-se ter notado que esta equipa dá trabalho. Nós tivemos foi excelentes sequências, em que conseguimos amarrar, por assim dizer, o adversário, executar como se deve executar, o que nem sempre sai, e conseguimos séries de quatro, cinco pontos, em que eles não conseguiam sair de determinada formação, que nós explorámos bem. Isso permitiu-nos gerir o primeiro e o terceiro ‘set’, em que andámos sempre na frente, e permitiu-nos ir buscar e depois resolver com alguma tranquilidade o segundo, mas isto é um jogo que só se decide fora e foi tudo menos fácil”.

“Eu acho que algo em que a equipa se sentiu confortável foi em conhecer o adversário e nós fomos tendo as nossas dúvidas se o adversário nos conhecia com a mesma profundidade, mas isso faz parte dos planos de jogo que cada um tem. Nós temos de estudar, faz parte do nosso trabalho. Nós gostamos disso, precisamos muito disso, consideramos fundamental. Acho que isso nos deu um conforto, para além de jogar em casa. O adversário é que viajou, jogou fora, as dificuldades que nós vamos sentir lá, eles sentem aqui. Acho que terá sido isso, aliado ao facto de ter 12 jogadores excecionais. Estou descansadíssimo quando vou dormir. Há um problema de um atleta, há outro que corresponde à altura, sempre prontos. Só jogam seis, cometo cinco injustiças, porque o líbero joga. Eles têm feito um grande trabalho”.

“Nós temos de encarar sempre [a segunda mão] como muito mais difícil. Temos de nos preparar para termos uma equipa agressiva, como foi aqui a espaços. Temos de estar à espera deles a tempo inteiro, mas saímos na frente. Por vezes é difícil encontrar os encaixes entre as equipas, diferentes voleibóis, mas a equipa reagiu bem e vamos com confiança fazer o que fizemos na eliminatória anterior, tentar a passagem, que é histórica para o clube. Vamos confiantes que temos argumentos para trazer os quartos de final para a Fonte”.

Redbad Strikwerda (treinador do Draisma Dynamo Apeldoorn): “Eu nunca espero qualquer resultado. É sempre uma surpresa. Nunca sabemos nestes momentos qual é o nível do adversário, nem qual é o nosso próprio nível”.

“Acho que cometemos demasiados erros. Cometemos erros na receção, no primeiro 'set' cometemos também erros no serviço e depois das más receções comentemos também muitos erros no ataque”.

“Não tenho expectativas [para o próximo jogo], porque nunca sabemos o que vai acontecer, mas o que eu espero da minha equipa é que mostremos o espírito certo, que nos preparemos da melhor forma e que nos esforcemos ao máximo. Logo veremos o que acontece. Nunca se sabe, talvez seja uma recuperação surpreendente”.