O piloto norueguês Andreas Mikkelsen (Hyundai i20) terminou o primeiro dia completo do Rali da Polónia, sétima ronda da temporada, na liderança, algo que não acontecia no Mundial de ralis (WRC) desde 2019.
Mikkelsen terminou as oito especiais desta sexta-feira com o tempo de 59.43,7 minutos, deixando na segunda posição o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), a 1,8 segundos, com o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) na terceira posição, a dois segundos do líder.
O piloto norueguês, que tinha liderado um rali do WRC pela última vez na Turquia, em 2019, herdou o comando logo na segunda especial desta sexta-feira após a desistência do estónio Ott Tänak (Hyundai i20), após destruir a frente do seu carro.
Tänak começou o dia na liderança depois de ter vencido a superespecial da véspera mas não evitou um veado que se atravessou na sua frente. Os danos foram fatais para as aspirações do antigo campeão mundial.
Mikkelsen aproveitou a posição de partida ser mais recuada para encontrar as pistas mais limpas de gravilha e, com isso, foi construindo uma vantagem de pouco mais de sete segundos ao longo da manhã.
Contudo, à tarde, na segunda passagem, o benefício foi menos evidente e o campeão mundial, Kalle Rovanperä, que foi chamado na terça-feira à noite a disputar esta prova depois do acidente sofrido pelo francês Sébastien Ogier nos reconhecimentos, atacou forte e ainda venceu dois troços.
“Ontem [na quinta-feira] à noite, quando estava a ver um vídeo do reconhecimento no computador, deixei-me adormecer. Por isso, considero que até fizemos um bom trabalho tendo em conta a situação”, brincou o finlandês.
Das sete especiais previstas, duas foram canceladas por razões de segurança.
“Foi uma pena não termos podido fazer mais troços mas foi um dia positivo”, sublinhou Mikkelsen, no final.
O piloto norueguês admitiu ter sido “demasiado cauteloso da parte da tarde”. “Estou habituado aos carros Rally 2, em que temos de ter muito cuidado nestas pistas. Mas, com estes pneus, podemos simplesmente atirar o carro para as curvas”, explicou.
O líder do campeonato, o belga Thierry Neuville (Hyundai i20) teve de abrir a pista, cedendo muito tempo à concorrência. Terminou o dia na sétima posição, a 29,8 segundos do comandante.
Mas os cinco primeiros classificados estão separados por apenas 7,7 segundos, deixando antever um sábado de luta intensa pelos lugares cimeiros.
Estão previstos sete troços, com um total de 124 quilómetros cronometrados.
O Rali da Polónia é a sétima de 13 provas do Mundial.
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