Está mesmo aí à porta o arranque da 10.ª temporada de Fórmula E, corrida de monolugares elétricos que faz parte do calendário Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), cujo único representante português é o já veterano António Félix da Costa. Apesar de ainda só ter 21 anos, o piloto português participou em 112 dos 116 E-Prix realizados na história da modalidade, cuja corrida inicial aconteceu a 13 de setembro de 2014, no circuito citadino do Parque Olímpico de Pequim (China).

A prova distribuiu-se em 16 corridas, nas quais as 11 equipas e os 22 pilotos vão correr a toda a velocidade para conquistarem o tão desejado troféu de campeão. Félix da Costa não é nenhum novato nestas andanças, uma vez que conta no currículo com oito vitórias, 19 pódios, oito 'pole positions' e o título na sexta época da competição, em 2020.

O Mundial de 2024 arranca na Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, e o piloto luso vem de uma temporada abaixo da média, na qual terminou o campeonato na nona posição. Ainda assim, o objetivo passa por vencer todas as corridas e repetir o feito de 2020, embora a competição seja feroz, como atesta o piloto do 9XX Electric, que corre pela Porsche.

"O campeonato, digo-o convictamente, está ainda mais competitivo! Todas as equipas melhoraram durante o inverno, sobretudo as que estavam à porta do ‘top-5’ no ano passado, como a DS ou a Maserati. Na Porsche, também trabalhámos muito. Pessoalmente, sinto-me melhor que no início de 2023, na estreia pela equipa", afirma Félix da Costa, que coloca as equipas Envision, Andretti e Jaguar no patamar da "sua" Porsche enquanto favoritos a conquistar o título. Em termos individuais, o português acredita que há "oito ou nove" adversários que podem aspirar à conquista do Mundial.

No entanto, nem tudo são rosas e Félix da Costa guarda mágoa devido à já anunciada ausência no Mundial de Resistência, após cinco épocas consecutivas em competição, entre os quais se destacam a vitória nas 24 Horas de Le Mans e o título na categoria LMP2, em 2022.

"Não minto! A decisão da Porsche deixou-me zangado, primeiro, e frustrado, depois, mas tenho de respeitá-la! Acredito que é possível apresentar-me em Le Mans, num Hypercar ou num LMP2, e conto regressar ao WEC em 2025", concluiu o piloto luso, de 32 anos.

O programa de festa arranca no sábado, com a qualificação às 15.40 e a primeira corrida agendada para as 20.03 horas. Está tudo a postos, por isso, liguem os motores e apreciem esta fantástica competição.