O italiano Pecco Bagnaia (Ducati) assumiu hoje ser favorito a vencer o Mundial de MotoGP, que começa em Portimão, mas sabe que há muitos candidatos a querem tirar o número um da sua moto.

“Nos últimos anos, apenas Marc [Márquez] e Vale [Valentino Rossi] repetiram os títulos. É algo para que estou a trabalhar agora. Ter o número um na moto é algo que temos de respeitar. Há muitos pilotos a tentar tirar-me o número. Se fizermos tudo bem, acho que podemos defender bem o título”, assumiu.

Na conferência de imprensa antes do Grande Prémio de Portugal, em Portimão, o campeão mundial garantiu estar “muito feliz com a pré-temporada”.

“Neste momento, estamos numa melhor posição do que no ano passado, mas há muitos candidatos. Temos de ver quem está na frente após o fim de semana”, disse.

Para Bagnaia, os testes mostraram que a Ducati estava “à frente” dos restantes construtores.

“Mas durante a temporada as coisas podem mudar. Há muitos pilotos competitivos. É difícil saber quem será favorito”, disse Bagnaia, embora se tenha colocado como campeão no final da temporada quando questionado sobre quem seria o número um no final da época de MotoGP.

Também os adversários colocam as Ducati e Bagnaia como o alvo a abater, com o francês Fabio Quartararo (Yamaha) a assumir que ainda está “um pouco atrás” das motos do construtor italiano.

“Estamos na mesma base do ano passado. Temos de trabalhar para melhorar. Nos últimos dias dos testes conseguimos fazer duas grandes voltas. Ainda estamos um pouco atrás da Ducati. Temos de ir evoluindo ao longo da temporada. Temos de ir evoluindo ao longo do ano”, referiu.

Sobre Bagnaia, o vice-campeão de 2022 disse que “a Ducati tem neste momento a melhor moto”, mas é o italiano “que está à frente”.

“Mas queremos dificultar-lhe a vida”, garantiu o vencedor do Grande Prémio de Portugal em 2022, com o espanhol Marc Márquez (Honda) a considerar que Bagnaia “é o mais favorito”, assegurando: “Nós ainda estamos muito longe para saber como parar o Pecco”.

O sete vezes campeão mundial diz que, neste momento, a equipa ainda não pode pensar em “‘poles’, em vitórias, em pódios, em especial aqui em Portimão”.

“Estamos ainda longe da Ducati, em especial do Pecco, que foi o mais rápido nos testes. [...] Neste momento não somos candidatos ao título. Acho que seremos mais competitivos ao longo da temporada. Estou aqui para lutar por boas posição. Acredito no processo, acredito na Honda”, referiu.

Colega de Bagnaia na equipa de fábrica da Ducati, o italiano Enea Bastianini, terceiro do último Mundial, acredita que “fazer melhor [do que em 2022 vai ser difícil”, pois “muitos pilotos da Ducati estão rápidos”.

“Há muitos candidatos a ser campeão. Penso que o principal rival é o Pecco. Tenho de aprender com ele para tentar fazer melhor”, referiu.

O espanhol Aleix Espargaró (Aprilia) disse acreditar que “é possível lutar” contra as Ducati, apesar de a equipa italiana ter uma “base muito sólida”, com “várias equipas fortes, com pilotos fortes”.

Por seu lado, o francês Johann Zarco, que conduz uma Ducati da Pramac, garantiu que “não houve qualquer ordem” do construtor italiano para atribuir o estatuto de líder a Bagnaia e que todos vão tentar vencer.

“No início da temporada todos começamos com zero pontos”, assegurou o italiano Luca Marini, que também tem uma Ducati, mas da equipa Mooney VR46, liderada pelo irmão Valentino Rossi.