O argentino Kevin Benavides (KTM) venceu hoje a 13.ª e penúltima etapa das motas na 45.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, que ligou Shaybah a Al-Hofuf, na Arábia Saudita, mas é o australiano Toby Price (KTM) quem lidera.

Benavides tentou a estratégia de perder algum tempo na véspera para hoje partir depois de Price para a especial, com 154 quilómetros cronometrados.

No entanto, o argentino parou para prestar assistência ao austríaco Matthias Walkner (KTM), que caiu ao quilómetro 55 e foi transportado ao hospital, com suspeita de uma fratura vertebral, apesar de ter ingressado com mobilidade nos braços e pernas.

O argentino acabaria por ver o tempo perdido com a paragem retirado pela organização, cortando a meta em 2:21.47 horas, com 27 segundos de vantagem sobre o sul-africano Michael Docherty (Husqvarna), que foi segundo classificado, e 57 sobre o irmão Luciano Benavides (Husqvarna).

Mas o quinto lugar do dia, a 02.28 minutos, foi suficiente para o australiano Toby Price segurar a liderança da prova, com 12 segundos de vantagem para Benavides.

O australiano da KTM, que venceu a prova em 2016 e 2019, somou 1.42 minutos de bonificação ao longo da tirada (este ano a organização decidiu atribuir 1,5 segundos, um segundo e 0,5 segundos por quilómetro aos três primeiros pilotos em pista, respetivamente).

“Cometi um pequeno erro, por volta do quilómetro 130. Segui demasiado à direita e sofri uma pequena queda numa duna”, explicou Price, sabendo que, no domingo, Kevin Benavides vai “sair com o coração e com esperança, com tudo”, disse o argentino.

O norte-americano Skyler Howes (Husqvarna) é o terceiro, a 1.31 minutos.

De acordo com os regulamentos, a ordem de partida para a derradeira especial, entre A-Hofuf e Dammam, com 136 quilómetros cronometrados, será feita pela ordem inversa da classificação geral.

Ou seja, Price vai partir atrás dos seus mais diretos adversários e já com a pista marcada, o que ajuda em termos de navegação. Kevin Benavides procura a segunda vitória, depois de ter vencido a edição de 2021, ainda com a Honda gerida pelo português Ruben Faria.

O luso-germânico Sebastian Bühler (Hero) foi o 12.º mais rápido do dia, com Mário Patrão (KTM) em 33.º.

“Foi uma etapa com o setor seletivo todo ele feito nas dunas e com ‘lagos secos’. Correu tudo bem. Ia muito focado em acabar e conseguir o segundo lugar e, felizmente, foi isso que aconteceu”, disse o piloto de Seia, segundo entre os concorrentes da Original by Motul, a categoria para os pilotos que correm sem assistência.

Na geral, Bühler é 22.º e Patrão 33.º, terceiro da sua categoria.