A Ducati dominou o primeiro de dois dias de testes de pré-temporada do Mundial de MotoGP em Portimão, com o português Miguel Oliveira (Aprilia) a terminar na sexta posição, a pouco mais de meio segundo do melhor tempo.

O piloto luso concluiu 75 voltas ao traçado algarvio, fazendo o seu melhor registo na 59.ª, rodando em 1.39,466 segundos, a 0,695 segundos do italiano Francesco Bagnaia (Ducati), campeão em título.

O também transalpino Luca Marini (Ducati) foi o segundo mais rápido, a 0,234 segundos do compatriota, com o espanhol Maverick Viñales (Aprilia) em terceiro, a 0,254 segundos.

A Aprilia, que estreou uma nova asa junto às entradas de ar laterais, é mesmo a única marca a conseguir rivalizar com as Ducati, pois as Yamaha, Honda e KTM sentem dificuldades em rodar perto dos 10 primeiros.

“Hoje, foi um grande dia. Senti-me muito bem com a mota. Não tentámos fazer nenhuma volta rápida, mas, mesmo assim, fomos competitivos”, explicou Miguel Oliveira, citado pela assessoria de imprensa da RNF Aprilia, a equipa que representa este ano depois de ter deixado a KTM.

As equipas também começaram a preparar as corridas sprint, novidade introduzida esta temporada, com corridas mais curtas aos sábados em que as motas podem montar depósitos mais pequenos.

Miguel Oliveira mostra-se entusiasmado para o derradeiro dia de testes de pré-temporada antes do arranque do campeonato, dentro de duas semanas, precisamente no circuito algarvio.

“Vou tentar tirar ainda mais velocidade da Aprilia e sentir-me mais confortável com a mota”, concluiu o piloto português.

A Aprilia testou novas aletas (pequenas asas) montadas na forquilha dianteira (suspensão) e no braço oscilante (peça que liga o quadro à roda traseira), de forma a conseguir maior efeito solo e mais aderência.

O dia ficou marcado por algumas quedas, sendo a mais grave a do italiano Fabio Di Giannantonio (Ducati), durante a tarde (já tinha sofrido uma queda aparatosa de manhã).

O piloto transalpino foi transportado ao hospital para exames complementares de diagnóstico.

A Yamaha testou novas asas laterais enquanto a Honda, com o espanhol Marc Márquez, experimentou um novo quadro e também novas asas. Márquez, que já foi oito vezes campeão mundial, terminou o dia na 19.ª posição e com uma queda sofrida à tarde.