O piloto português Filipe Albuquerque (United Autosports) terminou a participação nas 24 Horas de Le Mans na 42.ª posição, depois de um problema mecânico ter afetado a prestação da equipa.
O único piloto português em prova, que fez equipa com Ben Keating e Ben Hanley, cortou a meta com 279 voltas, a 39 dos vencedores, Antonio Fuoco, Miguel Molina e Nicklas Nielsen (Ferrari).
José Maria Lopez, Kamui Kobayashi e Nick de Vries terminaram na segunda posição, a 14,221 segundos dos vencedores, com Alessandro Pier Guidi, James Calado e Antonio Giovinazzi (Ferrari) em terceiro, a 36,760.
A 92.ª edição das 24 Horas de Le Mans ficou marcada pelas três entradas do ‘safety car’ em pista, uma delas, de madrugada, de mais de quatro horas, devido à chuva que afetou as condições de visibilidade dos pilotos, fazendo com que os nove primeiros classificados terminassem na mesma volta do vencedor, uma raridade nesta corrida.
O resultado de Filipe Albuquerque ficou comprometido logo nas primeiras horas, ainda no sábado, quando uma pedra partiu o alternador do carro da United Autosports.
“Foi uma prestação como as anteriores. Um excelente andamento, consegui arrancar na frente, manter o carro no top5 e a controlar o ritmo mas, infelizmente, o nosso colega de equipa teve um pequeno erro, com uma ida à gravilha, que fez com que entrasse uma pedra para uma parte sensível do motor e perdemos mais de uma hora a reparar o carro. Simplesmente continuámos com a missão de acabar a corrida. Acabámos quase em último mas acabámos”, resumiu o piloto de Coimbra, que compete na categoria LMP2, a segunda mais importante, apenas atrás dos Hypercarros.
Esta foi a 11.ª participação do português na mítica prova de resistência. Apesar de o resultado não ter sido o esperado, o piloto luso viu aspetos positivos.
“Confirmámos o andamento que esperávamos. No início andámos muito perto do outro carro da equipa e eles ganharam. O carro estava rápido e era possível. Esta corrida é muito difícil, sobretudo este ano, em que chovia e secava”, frisou.
O outro carro da United Autosports, pilotado por Oliver Jarvis, Bijoy Garg e Nolan Siegel, venceu a categoria LMP2, terminando na 15.ª posição da geral.
Para a história fica a presença de 23 carros da categoria principal e os 36 segundos que separavam os três primeiros classificados nas duas últimas horas de corrida.
O carro do vencedor ainda sofreu um susto, quando uma das portas se abriu, obrigando a uma paragem não programada nas boxes.
Mas alguns erros de pilotagem do argentino ‘Pechito’ Lopez acabaram por impossibilitar a recuperação do Toyota, que se contentou com o segundo lugar.
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