A ação (e a emoção) não para no Mundial de Fórmula 1 de 2024. Depois do agitado GP do Azerbaijão no passado fim de semana, os pilotos não têm direito a descanso e já estão de novo ao volante dos seus monologares, desta feita em Singapura.
Com as mais recentes corridas a serem discutidas como há muito não se via, com desfechos imprevisíveis e sem que neste momento alguém consiga apontar a superioridade clara de uma equipa, cada Grande Prémio tem sido uma incógnita. Certeza, só uma: a hegemonia da Red Bull já lá vai. A dúvida é saber se a escuderia austríaca (e Max Verstappen) fizeram o suficiente na primeira metade da temporada para que o neerlandês consiga ir minimizando os estragos de forma a revalidar o título de campeão do mundo de pilotos. Já o do Mundial de Construtores parece destinado a fugir mesmo à Red Bull.
Grande Prémio de Singapura: circuito e horários
O Grande Prémio de Singapura constitui a 18ª etapa da temporada do Mundial de Fórmula 1 de 2024. Trata-se de um circuito citadino, na Marina Bay, curiosamente a única pista das que atualmente constituem a temporada na qual o tricampeão do mundo Max Verstappen nunca venceu.
O traçado
O Circuito de Marina Bay chegou ao 'grande circo' em 2008 e depressa conquistou os fãs da Fórmula 1, com as suas corridas noturnas sob luzes artificiais (foi a primeira corrida noturna da F1), estabelecendo-se como um dos pontos altos do calendário. Com várias curvas desafiantes, é visto por muitos como um dos circuitos mais exigentes da temporada, quer a nível físico para pilotos, que a nível mecânico para as equipas. A superfície do piso das ruas e as condições húmidas também não ajudam.
Com uma extensão de 4,940 quilómetros, o circuito foi modificado em 2023 para torná-lo mais fluido. Essas alterações incluíram a redução do número de curvas de 23 para 19, com a substituição das curvas 16 a 19 por uma reta de 400 metros. Essas mudanças aumentaram o número de voltas da corrida para 62, tornando o GP ainda mais exigente fisicamente. De acordo com dados dos responsáveis da Fórmula 1, o stress físico fez com que alguns pilotos perdessem até 3 kg de peso corporal ao longo do percurso nas últimas edições do GP de Singapura.
Os horários
A diferença horária de Singapura para Portugal continental é de + 7 horas. Mas o facto de o GP de Singapura ser corrido à noite permite que os portugueses não tenham de 'madrugar' como noutros Grandes Prémios corridos na Ásia ou Austrália para poderem assistir à qualificação e à corrida.
- Sexta-feira, 20 de Setembro
10h30: Treinos Livres 1 – SPORT TV 4
14h00: Treinos Livres 2 – SPORT TV 4
- Sábado, 21 de Setembro
10h30: Treinos Livres 3 – SPORT TV 4
14h00: Qualificação – SPORT TV 4
- Domingo, 22 de Setembro
13h00: Corrida – SPORT TV 4
Recordes e antigos vencedores
Na temporada passada, a vitória no circuito de Marina Bay sorriu a Carlos Sainz, em Ferrari. O recorde da volta mais rápida pertence a Lewis Hamilton, fixado também no ano passado, 2023, com 1:35.867.
O GP de Singapura estreou-se na Fórmula 1 em 1961, denominado então de Grande Prémio do Oriente. Algumas temporadas depois, em 1974, acabou por sair do calendário da F1. Voltou em 2008, já coma a atual denominação de GP de Singapura. Ganhou destaque como a primeira corrida noturna da categoria mais importante do automobilismo mundial e a primeira edição foi conquistada por Fernando Alonso.
Quem mais vezes venceu a prova, contudo, foi outro antigo campeão do mundo: o alemão Sebastian Vettel, que foi por cinco vezes o primeiro a ver a bandeira de xadrez (em 2011, 2012, 2013, 2015 e 2019).
Como vai a classificação do Mundial de Pilotos e de Construtores
A luta pelos mundiais de piloto e de construtores está ao rubro, face à quebra da Red Bull e de Max Verstappen desde meio da temporada, aliada ao renascimento da McLaren, com Mercedes e Ferrari a darem também um ar da sua graça.
Efetivamente, a Verstappen (e a Red Bull, porque Sergio Perez ainda não subiu ao lugar mais alto do pódio esta temporada) já levam sete corridas seguidas sem ganhar (algo que há muito não se via) e em quatro dessas sete o piloto neerlandês nem sequer foi ao pódio.
Nessas sete corridas houve cinco pilotos diferentes a ganhar: Piastri, em grande momento, venceu três (incluindo no passado fim de semana, no Azerbaijão), Lando Norris, no outro McLaren, ganhou um, os Mercedes de Lewis Hamilton e George Russel ganharam um cada um e Charles Leclerc, em Ferrari, também festejou uma vitória.
A vantagem de Verstappen (que tinha vencido 7 das primeiras 10 corridas da temporada) ainda é grande na classificação do mundial de pilotos, mas aos poucos Lando Norris tem-se aproximado.
Max Verstappen (Red Bull) chega a Singapura com 313 pontos, mais 59 do que Lando Norris (McLaren), que tem 254. Mas o britâncio recuperou 40 pontos para o neerlandês só nas últimas cinco corridas. E depois deste GP de Singapura ainda ficam a faltar mais 6 Grandes Prémios. Charles Leclerc (Ferrari) é terceiro com 235 pontos, à frente de Oscar Pistri (McLaren), com 222 pontos.
Mas se no Mundial de Pilotos Vertappen tem conseguido minimizar os estragos, no Mundial de Construtores, com Perez muito aquém das expetativas, a Red Bull já se deixou ultrapassar.
Com a vitória de Piastri e o 4.º lugar de Norris no Azerbaijão, a McLaren assumiu a liderança, totalizando agora 476 pontos, contra 456 da Red Bull. A Ferrai surge no 3.º lugar, também já acima dos 400 pontos (425). Mais atrás vem a Mercedes, com 309 pontos.
Para se ter uma noção de como as coisas mudaram nos últimos Grandes Prémios, em junho, por altura do GP do Canadá, o 9.º da temporada, a Red Bull (campeã do mundo de construtores em 2022 e 2023) liderava com 301 pontos, mais 89 do que a McLaren, que até só era 3.ª (a Ferrari era 2.ª, com 252 pontos).
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