O piloto britânico George Russell (Mercedes) conquistou hoje a primeira vitória da sua carreira na Fórmula 1, ao vencer o Grande Prémio do Brasil, penúltima prova da temporada, disputado em São Paulo.

Partindo da ‘pole position’, depois de ter vencido a corrida sprint de sábado, Russell, que fez um bom arranque, dominou a corrida, perdendo a liderança apenas para a troca de pneus, para cortar a meta com o tempo de 1:38.34,044 horas.

O britânico Lewis Hamilton (Mercedes) foi segundo classificado, a 1,529 segundos do vencedor, com o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) em terceiro, a 4,051.

A corrida teve alguns incidentes, a começar pelo pião do Haas do dinamarquês Kevin Magnussen, provocado por um toque do McLaren do australiano Daniel Ricciardo, que acabou apanhado na confusão e ficou fora de prova.

O safety car entrou em pista até à sétima volta. No retomar da corrida, Russell voltou a estar melhor enquanto o neerlandês Max Verstappen (Red Bull) atacou Hamilton logo na primeira curva, tentando passar por fora e chegar à segunda curva por dentro.

Os dois acabaram por colidir, com o estrago maior a ficar para o já bicampeão, que ficou sem a asa dianteira no seu monolugar, enquanto Hamilton teve de sair de pista e caiu para nono.

Verstappen viria às boxes para montar pneus médios, que ao longo do fim de semana nunca se adaptaram bem aos Red Bull e viriam a ser a chave de uma das polémicas da corrida, lá mais para o final.

O neerlandês acabou penalizado pelos comissários em cinco segundos por ter sido considerado culpado da colisão.

O britânico Lando Norris (McLaren) também foi penalizado em cinco segundos, por ter acertado no monegasco Charles Leclerc (Ferrari), mas acabaria por ficar fora de prova na segunda metade da corrida.

Em luta com Leclerc pelo segundo posto no campeonato, o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) esteve sempre em luta pelos lugares do pódio, pelo menos até à segunda paragem para troca de pneus, na volta 48 de 71.

A equipa montou pneus médios, que afetou a competitividade do Red Bull do mexicano.

A corrida voltou a ser reativada na volta 63, após um segundo período de safety car, que permitiu a Sainz montar pneus macios novos e atacar Pérez, que ainda perdeu posições para Leclerc, para o espanhol Fernando Alonso (Alpine) e para o seu companheiro de equipa, Verstappen.

A equipa pediria ao bicampeão para voltar a trocar de posições com Pérez mas ‘Mad’ Max não esteve pelos ajustes. “Já vos disse no verão passado que não me pedissem isso e expliquei-vos as minhas razões”, disse Verstappen pelo rádio.

O próprio diretor da equipa, o britânico Christian Horner, pediria desculpa ao mexicano pelo rádio. “Obrigado, rapazes. Isto só mostra quem ele realmente é”, respondeu Pérez, conformado.

Com estes resultados, Max Verstappen, já campeão, chegou aos 429 pontos, enquanto Pérez e Leclerc chegam à derradeira jornada, em Abu Dhabi, empatados, com 290.

“Acabei de falar com a equipa, discutimos internamente também coisas que já se tinham passado. Se em Abu Dhabi precisar dos pontos, vou fazer os possíveis por ajudá-lo. Não é o fim do mundo”, frisou.

Esta polémica, que afetou também, ainda que em menor escala a Ferrari – Leclerc pediu para trocar de posição com Sainz, mas a equipa considerou que podia ser uma manobra arriscada –, acabou por ofuscar os festejos emocionados de George Russell.

“Tem sido uma autêntica montanha russa de emoções. Tem sido tanta pressão, mas estou muito satisfeito pela vitória”, disse o britânico, que pela rádio já tinha comentado que este é “apenas o início”.

No Mundial de Construtores, a Red Bull também já é campeã e lidera, com 719 pontos, mas a Ferrari, que tem 524, viu a Mercedes (505) aproximar-se do segundo lugar.

A próxima e derradeira ronda será no próximo fim de semana, em Abu Dhabi.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.