O Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que pelo quinto ano consecutivo se realiza no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, tem como novidade esta época a presença da MotoE, competição com motas elétricas.

Este é um dos campeonatos que integra o Campeonato do Mundo de motociclismo de velocidade, cuja segunda de 21 etapas se realiza em Portugal, e que integra ainda as competições de Moto3, Moto2 e MotoGP, esta considerada a categoria rainha.

A primeira prova decorreu há duas semanas, no Qatar, e mostrou que o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), bicampeão em título, e o espanhol Jorge Martin (Ducati), vice-campeão, continuam a ser os principais favoritos às vitórias.

O espanhol tem-se dado melhor com as corridas sprint de sábado, uma novidade introduzida no campeonato em 2023 precisamente no Grande Prémio de Portugal, enquanto Bagnaia brilha nas corridas principais, disputadas ao domingo.

Este ano, a KTM surge com um desempenho aparentemente mais próximo das Ducati, com o sul-africano Brad Binder a ocupar o pódio em ambas as corridas disputadas no Qatar.

Se a prova de abertura do campeonato foi disputada no circuito com a mais longa reta do calendário, a ronda portuguesa apresenta um dos traçados mais sinuosos e em que a técnica e a ‘alma’ dos pilotos faz mais diferença, ao invés da prestação mecânica pura.

Bagnaia chega ao Algarve como líder, com 31 pontos, mais dois do que Brad Binder e três do que Jorge Martin.

O espanhol Marc Márquez, que este ano trocou a Honda oficial pela Ducati privada da equipa Gresini, é o quarto, com 18 pontos, e será um dos pilotos a concentrar maiores atenções no AIA.

Depois de três anos de sofrimento com a Honda, com um misto de lesões e retrocesso técnico da equipa nipónica a deixarem o seis vezes campeão longe das vitórias, a aposta pela Ducati, ainda que com um modelo de 2023, deixou muitos adeptos a acreditar num regresso rápido aos triunfos.

Curiosamente, o de Portimão é um dos quatro circuitos do calendário em que Marc Márquez nunca ganhou.

Nota ainda para a estreia do espanhol Pedro Acosta (KTM) na categoria principal, depois de ter brilhado nas classes inferiores, ele que é já apontado como um dos potenciais talentos do campeonato.

De regresso a Portimão está, ainda, o italiano Enea Bastianini (Ducati), depois da queda sofrida na corrida sprint de 2023 que lhe provocou uma fratura na omoplata.

Entre as Moto2, Alonso Lopez (Speed Up) chega na liderança, depois de ter vencido no Qatar, mas o pelotão com cerca de 30 pilotos tem mostrado notas de equilíbrio.

De tal forma que o espanhol Fermin Aldeguer (Speed Up) chega ao Algarve com a notícia de ter sido contratado pela Ducati, por dois anos e mais dois de opção, tendo garantida a chegada à categoria rainha em 2025 apesar de ocupar, após a primeira corrida da época, a 16.ª posição.

Em Moto3, o líder é David Alonso (Aspar) enquanto o campeonato de MotoE terá a primeira prova precisamente em Portimão, de um total de oito rondas previstas.