O piloto britânico Lando Norris (McLaren) venceu hoje o Grande Prémio dos Países Baixos de Fórmula 1, 15.ª ronda da temporada, com uma exibição dominadora ao estilo do campeão Max Verstappen (Red Bull), derrotado pela primeira vez em ‘casa’.

Norris, que largou da 'pole position', concluiu as 72 voltas em 1:30.45,519 horas, deixando na segunda posição o tricampeão Verstappen, a 22,896 segundos, com o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) a ser terceiro, a 25,439.

Com este triunfo, Lando Norris não só encurtou a distância que o separa para o líder do campeonato, precisamente Verstappen, como se tornou no primeiro piloto a bater o neerlandês na corrida caseira desde o regresso da Fórmula 1 aos Países Baixos em 2021.

A McLaren não vencia em Zandvoort desde 1985, então pelas mãos do austríaco Niki Lauda, regressando aos triunfos com uma exibição demolidora.

Largando do primeiro lugar da grelha, Norris fez um mau arranque, como de costume, e viu-se ultrapassado de imediato pelo tricampeão mundial, que partiu como uma ‘bala’ mal as luzes dos semáforos se apagaram.

No entanto, o que parecia ser um regresso à boa forma da Red Bull rapidamente se tornou evidente que era um fogacho. A liderança de Verstappen durou 18 voltas e foi nessa altura que Norris, usando o sistema de DRS, passou pelo neerlandês que lidera o campeonato, embalando para um triunfo tranquilo e dominador, que culminou com a conquista da volta mais rápida da corrida (e do ponto extra que isso vale) ao cair do pano.

“É incrível. Não diria que foi uma corrida perfeita por causa do arranque, mas, depois, acabou por ser. O carro estava incrível, pude atacar e ultrapassar o Max. Foi difícil, mas divertido”, resumiu Lando Norris, de 24 anos.

Este foi o segundo triunfo da temporada (e da carreira) para o piloto britânico, que já tinha vencido em Miami.

“Desde a quinta ou sexta volta que esperava que ele [Verstappen] atacasse e se afastasse, mas nunca o fez. Percebi que íamos ter uma boa luta”, frisou Norris.

O domínio da McLaren acabou por convencer até o sempre competitivo Max Verstappen, resignado com a segunda posição.

 “Tentamos sempre fazer melhor. Tentámos tudo o que pudemos, mas foi claro que não somos rápidos o suficiente e tentei, pelo menos, o segundo lugar”, disse o neerlandês.

Na terceira posição ficou um surpreendente Charles Leclerc, que largara da sexta posição da grelha.

“Estou muito surpreendido. Geralmente não fico satisfeito com um terceiro lugar, mas hoje devemos estar contentes. Foi uma corrida forte para nós”, sentenciou.

O australiano Oscar Piastri (McLaren) foi o quarto classificado, seguido do espanhol Carlos Sainz (Ferrari).

O piloto da Ferrari, que tinha terminado a qualificação em 11.º, foi promovido ao 10.º lugar da grelha com as penalizações do britânico Lewis Hamilton (Mercedes) – caiu três posições por ter impedido o mexicano Sérgio Pérez, da Red Bull, numa volta rápida – e do tailandês Alexander Albon, por irregularidades nas dimensões do fundo plano do seu Williams.

O britânico George Russell (Mercedes), que chegou a rodar em terceiro na primeira metade da corrida, terminou apenas na sétima posição, à frente de Hamilton, que foi oitavo, e atrás de Pérez, que foi sexto.

Com estes resultados, Max Verstappen viu encurtar-se a liderança do campeonato, para os 70 pontos, com nove provas ainda por disputar.

O neerlandês tem 295 pontos após 15 corridas, contra os 225 de Norris. Leclerc é o terceiro, com 192.

Entre os construtores, a Red Bull mantém o comando, com 434 pontos, mas tem agora a McLaren a 30 pontos.

A próxima ronda será o GP de Itália, no próximo domingo, dia 01 de setembro.