O piloto alemão Maro Engel venceu hoje a corrida inicial da principal prova de automóveis do 69.º Grande Prémio de Macau, a Taça GT Macau, marcada por um aparatoso acidente que destruiu quatro automóveis.

Engel, que já tinha ganho a prova em 2014, bateu por pouco mais de 0,6 segundos o suíço Raffaele Marciello, com o chinês Ling Kang em terceiro.

Na quarta posição ficou o suíço-italiano Edoardo Mortara, sete vezes vencedor na Guia, que tinha garantido o primeiro lugar na grelha de partida na qualificação, mas teve de partir do fundo do pelotão devido a uma alegada falsa partida.

A organização encurtou a corrida de oito para seis voltas, sobretudo devido ao acidente, logo na primeira curva, que atirou com quatro pilotos de volta para as 'boxes'.

Maro Engel vai assim partir à frente, no domingo, para a segunda corrida da Taça GT Macau.

Depois de um ano em que a prova só contou com pilotos provenientes da China, Hong Kong e Macau, devido às restrições impostas face à pandemia de covid-19, a edição de 2022 atraiu mais de 170 pilotos, incluindo 19 estrangeiros, sobretudo na prova de motos.

O evento, de quatro dias, integra sete corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, a Taça GT Macau, Corrida da Guia Macau, a Taça de Carros de Turismo de Macau, a Taça GT Grande Baía, Macau Roadsport Challenge e o Grande Prémio de Motos de Macau, que regressa ao Circuito da Guia para a sua 54.ª edição.

Nas nove voltas da primeira corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, o piloto britânico Rob Huff foi o mais rápido, quase quatro segundos à frente do chinês David Zhu e de Sunny Wong Yat Shing, piloto de Hong Kong.

Huff, o único estrangeiro a participar na edição de 2020, apesar da quarentena obrigatória de 14 dias, vai partir do primeiro lugar na segunda corrida, no domingo, onde persegue a 13.ª vitória no circuito da Guia.

Para este ano, o orçamento é de 180 milhões de patacas (22,9 milhões de euros), ligeiramente superior ao do ano passado, com o patrocínio das seis operadoras de jogo no território: Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy, Wynn, MGM, Sands China e Melco.

Disputado no icónico traçado citadino de 6,2 quilómetros, o Grande Prémio é o maior evento desportivo de Macau, sendo considerada uma das provas automobilísticas mais perigosas do mundo, uma vez que em alguns pontos o circuito não vai além dos sete metros de largura.

O público tem de usar máscara, manter o distanciamento social, medir a temperatura e apresentar um código de saúde de cor verde à entrada no recinto do Grande Prémio de Macau, numa altura em que a cidade voltou a registar novos casos de covid-19.

Macau fechou as fronteiras em março de 2020 e desde então que as pessoas que chegam ao território - com exceção da China continental - são obrigadas a cumprir quarentena em hotéis designados pelas autoridades, atualmente fixada em cinco dias.

A região administrativa especial chinesa registou seis mortes e mais de 2.600 casos da doença, incluindo assintomáticos, em quase três anos.