O português Miguel Oliveira (KTM) assumiu hoje o objetivo de terminar “em alta” o campeonato do mundo de motociclismo de velocidade de 2021, reconhecendo o entusiasmo com a possibilidade de celebrar com público, em Portimão, no domingo.
“Estou a sentir-me muito bem, esta vai ser a primeira vez em que posso sentir o público português numa corrida de MotoGP. Espero que gostem, se divirtam e, no domingo, possamos celebrar algo”, afirmou o piloto natural de Almada, na conferência de imprensa de antevisão do Grande Prémio do Algarve, 17.ª e penúltima prova do Mundial.
Miguel Oliveira chega à segunda passagem da categoria ‘rainha’ por Portugal em 2021 no 10.º lugar do campeonato, com 92 pontos, depois de ter sofrido uma queda na corrida anterior, em Misano, em Itália.
O vencedor na estreia em MotoGP do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em novembro de 2020, com um ‘Grand Chelem’, ao juntar a liderança durante toda a corrida à ‘pole position’ e conseguindo a volta mais rápida, naquela que foi a sua segunda vitória na competição, o português sofreu uma queda na primeira corrida de 2021 em Portimão, em 18 de abril, não conseguindo melhor do que o 16.º lugar.
“Chegamos aqui com uma mentalidade diferente do início da época. As condições eram diferentes, definitivamente. Agora, mesmo depois de em Misano não ter tido um bom resultado, a ligação com a mota e a sensação foi boa. Amanhã [na sexta-feira] vou partir com este sentimento e acabar em alta as duas últimas corridas”, prometeu.
Por isso, e depois de reconhecer que a lesão no pulso direito foi mais limitadora do que pensava na parte inicial da temporada, o piloto da KTM disse ter “razões para acreditar num bom resultado”.
“Depende de muitas coisas, toda a gente gosta desta pista e toda a gente anda muito rápido. Durante a corrida, temos de ver qual será uma boa linha e qual o resultado que podemos alcançar”, referiu.
Antevendo a temporada de 2022, Miguel Oliveira apontou como objetivo “melhorar um pouco de cada ponto da mota, principalmente o quadro”.
Já com o título mundial assegurado, o francês Fabio Quartararo (Yamaha) admitiu, “depois de uma semana especial”, sentir-se “preparado para a corrida” em Portimão, onde venceu a terceira etapa do Mundial.
“Honestamente, não sinto pressão, porque atingi o meu objetivo, dei o meu melhor e vou continuar a dar, para ver o que podemos alcançar”, frisou Quartararo, quando questionado sobre a luta pelos títulos de equipas – a Monster Energy Yamaha tem 13 pontos de avanço face à Ducati Lenovo - e de construtores – a Ducati lidera com 12 pontos de vantagem sobre a Yamaha.
O italiano Francesco Bagnaia (Ducati), segundo do Mundial, a 65 pontos de Quartararo, lamentou a desistência em Misano, felicitando, novamente, o francês pelo seu primeiro título mundial.
“Eu perdi uma corrida e não o campeonato. Só ganhando em Misano tinha oportunidade. Era um objetivo lutar pelo campeonato, mas era o ano do Fabio. Tinha de vencer e eu lutei”, frisou o italiano.
O seu compatriota Enea Bastianini (Ducati) ainda disputa o título de ‘rookie’ do ano, com o espanhol Jorge Martin (Ducati), sobre o qual tem cinco pontos de avanço.
“Um pódio na última corrida foi bom e agora estou em vantagem sobre o Martin, aqui acho que posso estar bem, mas não sou muito rápido em Valência. Estou disponível para lutar”, rematou Bastianini, recordando ter arrebatado o título de campeão do mundo de Moto2 de 2020 em Portimão, onde foi quinto.
O Grande Prémio do Algarve, 17.ª e penúltima prova do Mundial de MotoGP, vai ser disputado entre sexta-feira e domingo, no AIA, em Portimão.
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