Porém, de 33 anos, foi hoje o mais rápido na 11.ª etapa dos veículos ligeiros protótipos (categoria T3), terminando os 275 quilómetros cronometrados de hoje, entre Shaybah e o acampamento da organização no deserto do Quarto Vazio, com o tempo de 03:19.11 horas, deixando o companheiro de equipa, João Ferreira (Yamaha), a 20 segundos, e o chileno Ignacio Casale (Yamaha) na terceira posição, a 22.

 Esta foi a segunda vitória portuguesa na 45.ª edição da prova que decorre na Arábia Saudita, depois de João Ferreira ter vencido a oitava etapa, também na categoria T3 de protótipos – sucessores dos ‘buggy’-, naquele que foi o primeiro triunfo do piloto de Leiria no Dakar.

Ricardo Porém, antigo campeão nacional de todo-o-terreno em carros, junta-se a João Ferreira (1), Hélder Rodrigues (9), Carlos Sousa (6), Ruben Faria (4), Paulo Gonçalves (3), Duarte Guedes (1), Paulo Marques (1), Bernardo Vilar (1), Ricardo Leal dos Santos (1) e Joaquim Rodrigues Jr. (1), que já tinham vencido etapas desta competição.

“Que felicidade! Vencer uma etapa do Dakar é um objetivo cumprido para o qual trabalhei imenso desde o início da minha carreira. Estou verdadeiramente contente com o resultado obtido e também pelo resultado conseguido pela equipa, uma vez que colocámos três carros nas três primeiras posições, com o João a ser segundo. Foi uma luta bonita e a melhor forma de levar mais longe a bandeira de Portugal, num dia marcado pelas lembranças que tivemos do falecimento do Paulo Gonçalves, que nos deixou neste dia, em 2020”, disse Ricardo Porém no final da tirada.

Para João Ferreira, o segundo lugar na etapa de hoje teve “sabor a vitória”.

“Hoje, ficar em segundo teve sabor a vitória! Este quarto pódio no Dakar teve a curiosidade de perdermos por 20 segundos para o Ricardo Porém, uma das pessoas que me apoiou em toda a carreira e um grande exemplo para mim. Uma dobradinha portuguesa, num dia em que a X-Raid garantiu um ‘triplete’ com o terceiro lugar entregue ao nosso colega de equipa Ignacio Casale. Felizmente, acabámos o dia sem problemas e estamos prontos para a segunda parte da etapa maratona”, explicou o atual campeão nacional e europeu de todo-o-terreno.

João Ré, que navega o saudita Saleh Alsaif (Can-Am), foi nono e Hélder Rodrigues (Can-Am) 12.º.

Na geral, João Ré é o melhor português, no sexto lugar, a 04:07.38 horas do novo líder, o norte-americano Austin Jones (BFG), enquanto Ricardo Porém subiu ao 14.º posto, a 10:49.59 horas, com Hélder Rodrigues em 29.º e João Ferreira em 35.º.

Entre os veículos ligeiros derivados de série (T4), Fausto Mota, que navega o brasileiro Cristiano Batista (Can-Am), foi o quarto mais rápido, apesar de terem partido a transmissão traseira no final da etapa, terminando a 03.32 minutos do vencedor, o lituano Rokas Baciuska (Can-Am).

Pedro Bianchi Prata, que navega o brasileiro Bruno Conti (Can-Am), foi nono, a 12.20.

Na geral, Fausto Mota é sexto, a 01:57.26 horas do comandante, Basciuska, com Pedro Bianchi Prata em sétimo, a 02:33.27 horas.

Nos automóveis, o francês Sébastien Loeb (BRX) venceu pela quinta vez nesta edição, quarta consecutiva, cruzando a meta com o tempo de 02:56.14 horas, deixando o francês Guerlain Chicherit (BRX) a 02.16 minutos. O sueco Mathias Ëkstrom (Audi) foi o terceiro, a 02.26 minutos.

O qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota), que hoje foi o quinto mais rápido, segurou a liderança, com 1:21.04 horas de vantagem sobre o brasileiro Lucas Moraes (Toyota) e 1:30.41 horas sobre Loeb.

Na sexta-feira vai disputar-se a segunda parte da etapa maratona, em que os pilotos não têm assistência externa, entre o acampamento no deserto do Quarto Vazio e Shaybah, com 185 quilómetros cronometrados.