Carlos Sainz venceu o Grande Prémio do México em Fórmula 1, 20.ª prova do campeonato. O piloto espanhol da Ferrari, que partiu da 'pole', liderou quase toda a prova para terminar à frente de Lando Norris (McLaren)  por 4,705 segundos  e do seu colega Charles Leclerc,  (ficou a 34,387 segundos) que fez a volta mais rápida da corrida e ficou com um ponto extra, na corrida realizada este domingo no circuito Hermano Rodriguez, na cidade do México.

Max Verstappen, que foi penalizado em 20 segundos após mais uma escaramuça com Lando Norris, recuperou terreno e terminou no 6.º posto. Nas contas para o título, Lando Norris (McLaren) recuperou 11 pontos ao líder Max Verstappen (Red Bull).

Quinta vitória da Ferrari esta época, a segunda de Carlos Sainz, depois de ter ganho na Austrália.

A Corrida

Partindo do primeiro lugar da grelha, Carlos Sainz viu Max Verstappen ganhar-lhe a posição ainda antes da primeira curva, depois de o tricampeão mundial ter arrancado melhor.

Mas o espanhol não foi o único a perder antes da primeira curva: uma escaramuça envolvendo vários pilotos levou ao despiste de Yuki Tsunoda, após toque nos pneus de Albon. O carro do japonês ficou danificado, o do tailandês também não ficou em boas condições. Desistência dos dois e 'safety car' em pista.

Quem também esteve mal na largada foi Checo Pérez, para desespero dos adeptos da casa: o mexicano foi penalizado em cinco segundos por não ter arrancado no local correto. O carro estava mal posicionado na caixa.

Depois da barreira de proteção ser reparada e os dois carros retirados da pista, a corrida recomeçou à sétima, com Verstappen a ganhar ligeira vantagem sobre Sainz. Na volta 9, Carlos Sainz aproveitou um erro de Verstappen e ultrapassou o neerlandês, assumindo a dianteira da corrida. Max queixava-se de problemas na bateria, com o carro a não regenerar energia. Sem bateria no sistema híbrido, pouco ou nada podia defender-se.

Lando Norris aproveitou e atacou o seu principal rival na luta pelo título. Tal como aconteceu em Austin na semana passada, Max fechou a porta ao britânico numa primeira tentativa, forçando-o a sair de pista na curva 5 e, numa segunda, voltou a fazer o mesmo na curva 8, travando muito tarde, saindo os dois para a relva. Desta vez os comissários de corrida tiveram mão pesada e penalizaram-no em 20 segundos: 10 segundos por cada uma das manobras.

Quem aproveitou bem a luta entre Max e Lando foi Leclerc, que ultrapassou os dois e subiu ao segundo posto, atrás do seu colega de equipa, Carlos Sainz. Na Ferrari eram só sorrisos.

Quando foi a box trocar pneus na 27.ª volta, Max cumpriu os 20 segundos de penalização e caiu para 15.º. Teria de fazer uma corrida de trás para a frente, na tentativa de minimizar estragos. Na volta 40 já era 6.º, atrás dos Mercedes, que lutaram entre si em diferentes ocasiões.

Na frente, Lando Norris (McLaren) ia recuperando terreno a Charles Leclerc (Ferrari), depois de ter feito a melhor volta da prova. Quem ainda não tinha parado, ia pedindo chuva, numa altura em que os céus da cidade de México iam ficando cada vez mais escuros e George Russell (Mercedes) queixava-se de algumas pingas no seu visor.

Hamilton ia também subindo na classificação, até apanhar o seu companheiro de equipa. Mas uma coisa era apanhar, outra era ultrapassar. O mais velho dos britânicos da Mercedes tentou por várias vezes passar por George Russell, mas sem sucesso. Russell defendia-se das investidas de Hamilton e conservava assim o seu 5.º lugar.

Na frente, Leclerc começou a sentir-se pressionado por Lando Norris e, na volta 71, quase perdia o controle do carro na entrada para a reta da meta. Saiu de pista, perdeu o lugar para o britânico, mas conseguiu evitar o acidente. Perdia o segundo lugar, mas mantinha-se em prova, ainda em lugar de pódio.

Um pouco mais atrás, só na volta 66 Hamilton conseguiu ultrapassar George Russell, tirando partido do DRS na reta da meta.

Na penúltima volta, Checo Pérez e Charles Leclerc foram à box montar pneus macios para tentar a volta mais rápida. O monegasco foi o mais rápido e ficou com o ponto extra, que o mexicano tentava que não fugisse para a Ferrari.

Vitória inequívoca da Ferrari, que só não fez 1-2 graças ao erro de Leclerc na parte final da prova. Ainda assim, dois Ferraris no pódio.

Hamilton foi quarto, Russell terminou em 5.º, à frente de Verstappen.

O neerlandês Max Verstappen, que foi sexto classificado depois de duas penalizações de 10 segundos por ter voltado a colocar Norris fora de pista, perdeu 11 pontos para o britânico mas segurou o comando do Mundial, com 362 pontos, mais 47 do que o piloto da McLaren, que tem 315.