O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu hoje o Grande Prémio da Bélgica, 14.ª prova do Mundial de Fórmula 1, e ficou mais perto de revalidar o título de pilotos.

Verstappen, que largou da 14.ª posição da grelha de partida devido a uma penalização por troca de motor, concluiu as 44 voltas ao traçado das Ardenas em 1:25.52,894 horas, deixando o segundo classificado, o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) a 17,841 segundos, com o espanhol Carlos Sainz (Ferrari), que largou da ‘pole position’, a terminar em terceiro, a 26,886 segundos do vencedor.

Esta foi a nona vitória de Verstappen esta temporada, em 14 corridas disputadas, terceira consecutiva depois de ter vencido na Hungria e na França, 29.ª da carreira do piloto nascido na Bélgica, mas de nacionalidade neerlandesa.

“Foi difícil manter-me longe dos problemas na primeira volta. Depois, escolhi os locais corretos para ultrapassar e controlar a degradação dos pneus. Foi um fim de semana que não podia imaginar, mas espero que tenhamos mais destes”, comentou Verstappen, no final.

O neerlandês teve um fim de semana perfeito e em que aproveitou os ‘tiros nos pés’ dados pela Ferrari, somando a pontuação máxima, pois aos 25 pontos da vitória adicionou um ponto extra por ter feito a volta mais rápida.

O atual campeão mundial em título conquistou seis posições durante a primeira volta, trepando até ao oitavo lugar, enquanto Sainz aguentou o primeiro lugar.

Sérgio Pérez, que largou da segunda posição, afundou-se até ao quinto posto, ultrapassado pelos dois Mercedes (dos britânicos George Russell e Lewis Hamilton) e pelo Alpine do espanhol Fernando Alonso.

No entanto, Hamilton tentou ultrapassar Alonso por fora, deixou o espanhol sem espaço e acabou por tocar no carro do seu antigo companheiro de equipa na McLaren em 2007, num ano de azeda convivência.

“Que idiota. Só sabe correr quando sai do primeiro lugar”, vociferou Alonso.

O voo do Mercedes terminou com o motor danificado e a corrida de Hamilton arruinada, com os engenheiros a pedirem ao antigo campeão que encostasse o carro com urgência para não causar mais danos.

Hamilton acabaria por assumir as culpas do incidente, admitindo que o carro de Alonso se encontrava no “ângulo cego”, mas assim que teve conhecimento das palavras do piloto asturiano, recusou pedir desculpas.

“É bom saber aquilo que ele pensa de mim”, sublinhou.

Enquanto isso, a vantagem inicial que Carlos Sainz conseguiu diluiu-se com a entrada do ‘safety car’ em pista motivada pelo acidente entre o canadiano Nicholas Latifi (Williams) e o finlandês Valtteri Bottas (Alfa Romeo), que deixou Bottas na gravilha.

No reatamento, Sainz continuou na frente, mas a cavalgada de Verstappen já era imparável. O piloto da Red Bull já era terceiro na 11.ª volta, atrás de Sainz e Pérez, assumindo o comando uma volta mais tarde quando o espanhol parou nas boxes para trocar de pneus pela primeira vez.

Verstappen acabaria por ceder temporariamente o comando quando foi a sua vez de trocar de pneus, mas voltaria à liderança na volta 18, quando voltou a passar Sainz.

O espanhol não conseguiu ambicionar mais do que o degrau mais baixo do pódio enquanto o seu companheiro de equipa, o monegasco Charles Leclerc, que chegava a esta ronda no segundo lugar do campeonato, não apontava a mais do que a quinta posição, que ocupou até à penúltima volta.

Nessa altura, a equipa chamou Leclerc às boxes para montar pneus macios de forma a tentar o ponto extra da volta mais rápida mas acabaria por regressar à pista em sexto, atrás de Alonso.

Leclerc ainda conseguiu passar o asturiano em pista, mas falhou a volta rápida. Após a corrida foi relegado ao sexto lugar com uma penalização de cinco segundos por excesso de velocidade na via das boxes.

George Russell cortou a meta em quarto, seguido de Fernando Alonso e Charles Leclerc.

Com estes resultados, Verstappen chegou aos 284 pontos, mais 93 do que Sérgio Pérez, que é agora o segundo classificado. Leclerc caiu para terceiro, com 186.

Entre os construtores, a Red Bull lidera, com 475 pontos, contra os 357 da Ferrari e os 316 da Mercedes.

A 15.ª ronda disputa-se já no próximo domingo, em Zandvoort, nos Países Baixos.