
"Pelo menos 24 pessoas foram mortas", disse o responsável à agência noticiosa France Presse (AFP), sob anonimato.
Ainda não foi anunciado um balanço oficial, mas as autoridades descreveram o ataque como o pior dos últimos anos contra civis.
A polícia indiana afirmou que se tratou de um "ataque terrorista" realizado por combatentes que lutam contra o domínio indiano na região da Caxemira, perto da cidade turística de Pahalgam.
Os primeiros relatos indicaram que homens armados dispararam contra turistas, na sua maioria indianos, que visitavam o vale de Baisaran, a cerca de cinco quilómetros de Pahalgam.
As autoridades aumentaram o número de membros das forças de segurança e isolaram a zona, iniciando uma busca pelos agressores. Até ao momento, nenhum outro detalhe foi divulgado pelos responsáveis locais.
"Estes terroristas cobardes atacaram turistas inocentes e desarmados que tinham vindo visitar Caxemira", disse o responsável regional do partido BJP (Partido do Povo, do primeiro-ministro Narendra Modi), Ravinder Raina, em declarações à imprensa indiana.
"Alguns turistas feridos foram internados no hospital local", acrescentou.
Cerca de 3,5 milhões de turistas visitaram Caxemira em 2024, a maioria dos quais turistas indianos, de acordo com dados oficiais.
Em 2023, a Índia acolheu uma reunião de turismo do G20 (os 20 países com economias mais fortes) em Srinagar sob um forte esquema de segurança para mostrar que a calma tinha regressado após a repressão que se seguiu ao cancelamento da autonomia limitada da região por Nova Deli, em 2019.
Os rebeldes na região de maioria muçulmana têm travado uma insurgência desde 1989, exigindo a independência ou uma fusão com o Paquistão, que controla uma parte mais pequena da região de Caxemira e que, tal como a Índia, reivindica toda a região.
Os combates abrandaram desde 2019, quando o Governo de Modi impôs o controlo direto do território após revogar a sua autonomia parcial.
A Índia, que tem 500 mil soldados permanentemente destacados no território, acusa regularmente o Paquistão de apoiar os militantes.
Islamabad nega esta acusação, afirmando dar apenas o seu apoio à autodeterminação de Caxemira.
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Lusa/fim
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