
De acordo com comunicados publicados esta manhã no 'site' daquele ministério, Wang Yi falou ao telefone com o homólogo paquistanês, Ishaq Dar, e o conselheiro de Segurança Nacional da Índia, Ajit Doval.
Wang declarou, na conversa com Ishaq Dar, o apoio de Pequim ao "Paquistão, para proteger a sua soberania nacional e dignidade".
O responsável chinês disse esperar que Islamabade "lide com a situação com calma e tome uma decisão que corresponda aos seus interesses fundamentais a longo prazo".
"Sempre que é declarado um cessar-fogo, ambas as partes devem respeitá-lo para evitar que volte a surgir um conflito", notou.
A China "está disposta a continuar a desempenhar um papel ativo a este respeito", afirmou, acrescentando que um cessar-fogo não só beneficiaria as duas potências nucleares, mas também "ajudaria a paz e a estabilidade regionais". "E é o que a comunidade internacional espera", indicou.
Na conversa telefónica com Doval, Wang congratulou-se com a declaração da Índia, que assumiu que "a guerra não é uma escolha sua", e disse esperar que os dois lados "mantenham a calma e a contenção, gerindo corretamente as diferenças através de negociações e evitando uma escalada do conflito".
Dar manifestou a disponibilidade do Paquistão para assinar um cessar-fogo, mas avisou que "não vai diminuir a vigilância" e que "vai responder a qualquer violação da soberania territorial" do país.
Já Doval afirmou que era necessário levar a cabo ações antiterroristas, após o ataque de Pahalgam, que matou 26 turistas - na maioria indianos -, e que foi o que levou à crise atual.
Outros líderes mundiais, como o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudaram o acordo de cessar-fogo alcançado entre os dois países, tendo este último afirmado que tal se deveu à mediação norte-americana.
No entanto, apenas três horas após o pacto, a Índia acusou o Paquistão de violação da trégua, ao disparar na fronteira, e anunciou uma "resposta proporcional" das tropas indianas.
Islamabade assegurou que foi a Índia a violar os termos assinados e reafirmou o compromisso com o cessar-fogo.
CAD // CAD
Lusa/Fim
Comentários